30/01/2020

TIRO PELA CULATRA - Na busca pelo "empoderamento" da mulher desencadeia-se o processo ouroboros, o qual, caminha para aniquilação da raça humana.



“O que é já foi; e o que há de ser também já foi; e Deus pede conta do que passou” (Ecl 3;15) Disse Soren Kierkegaard: “A vida só se compreende mediante um retorno ao passado, mas só se vive para diante". Tanto este aforismo quanto a passagem bíblica de certa forma coadunam-se no sentido de coisas que sucedem, de maneira que, na elíptica existencial há tendência de se tornar eventualmente às mesmas práticas. Na atualidade repercute uma militância reforçada por forte arsenal de mídia, visando o “empoderamento” da mulher, como sendo um patamar a ser atingido uma honra a ser alcançada, uma glória a ser conquistada. À cerca disso há razões plausíveis para entender a iniciativa, afinal, a mulher foi destituída do poder, desde tempos remotos e por isso ressente-se da lacuna e amarga essa falência que a torna frágil.

Há indícios bem fundados que não apenas o ativismo em si, porém, segmentos políticos, ideológicos e sociais e até Deus está engajado nessa causa, afinal, tendo Ele criado o ser humano à Sua “imagem e semelhança” não o fez frágil, conforme escrito em sua palavra: Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, amor e moderação.” (1 Tm1;7) De acordo com esta passagem entende-se que o “amor" é forte, e fortaleza equivale ao poder.
 
A Bíblia corrobora esta verdade dizendo:o amor é forte como a morte. Suas brasas são de fogo, labaredas do Senhor. As muitas águas não poderiam apagar o amor nem os rios afogá-lo... (Ct 8;6,7). Não obstante o enfoque deste texto estar relacionado a Eros, tratando-se do amor Ágape, de fato, sua força é incomensurável visto que dá suporte a toda existência e mesmo a morte, não tem sobre Ele poder, pois, foi morto e sepultado, porém, “...ressuscitou no terceiro dia” (1 Co 15;44).

Como dito na introdução, as coisas colocadas como princípio tendem repetir-se como fim [objetivo]. Porém, para embasar o argumento necessário se faz recorrer aos fatos. Tratando-se do tema em questão vem à luz a primeira campanha de “empoderamento”. A mídia de então tinha na serpente a sagacidade, eloquência e o veículo, a qual, em seu discurso serviu-se do slogan: “...Sereis como Deus...!” (Gên 3;5). Aqui tem-se um parâmetro da dimensão do “poder" pretendido; ser como Deus. 

Na verdade, essa obsessão de expandir a força foi arquitetada por Lúcifer, o qual, contava com um eleitorado equivalente à terça parte dos anjos, os quais, como seu líder perderam status e poder sendo expulsos do Céu. No Paraiso adâmico retomou o plano procurando primeiro a mulher e por meio dela convenceu o homem. Entretanto, o resultado da investida, tanto nas alturas, quanto no Jardim foi semelhante à tragédia grega; sem final feliz.

Com aquele turbilhão de “mídia” (tentação), a mulher “turbinada" passou por cima do homem opondo-se ao Criador, que a tinha investido de poder consorciado com seu cônjuge, para administração e usufruto de todo Ecossistema, sob a tutela divina. E como se isso fosse coisa de somenos revestiu-os com poder da imortalidade, de procriação para perpetuação da espécie, da liberdade, felicidade e bênçãos incontáveis. 

O evento edênico após deflagrado embora com apoio do homem, começou natimorto, com agravo paradoxal da perda do poder, em que ambos – homem é mulher - foram destituídos e expulsos da fortaleza paradisíaca. Este fato denota perda do poder, justamente devido a ambição de “expandi-lo” culminando paradoxalmente com a perda do status quo; sua originalidade. Portanto, segundo precedentes históricos, essa obsessão se mostra contraproducente e resulta em aniquilação.

Passaram-se séculos e aos poucos a mesma obstinação acorda à semelhança da múmia que se levanta da tumba, enfurecida a perseguir seu intento, agora com mídia refinada, em busca do famigerado objetivo. Sendo assim, parece pouco provável que seu fim seja diferente, visto que atua no mesmo princípio de antanho. 

Destarte, a guerra dos sexos parece caduca, visto que retoma investida contra a própria raça, no obscuro intento de se “fortalecer” destruindo-se. Segundo Deus, homem e mulher foram tirados um do outro e são uma só carne, uma mesma “árvore”, de maneira que estando divididos o tiro sai pela culatra e ambos arrefecem, visto que neste cisma permanecem incompletos e laboram reciprocamente pela ruína da espécie.

O aspecto estranho é que nessa obstinada e inglória guerra, o “machado” é lançado contra a própria árvore genealógica afinal, ambos tem uma única origem, sendo feminino tirado do masculino, de maneira que esta é uma luta contraproducente, contra as raízes humanas causando efeito Ouroboros, numa paulatina aniquilação autofágica. 

Supondo que a empreitada ganhe vulto e tenha sequência é possível que, devido ausência de homens, se deflagre a calamidade descrita pelo profeta Isaias: “Naquele dia, sete mulheres agarrarão um homem e lhe rogarão: Eis que comeremos do nosso próprio pão e nos vestiremos às nossas custas; apenas tomai-nos por tuas esposas para que sejamos chamadas pelo teu nome. Livra-nos da nossa humilhação de ficarmos solteiras!” (Is 4;1) Este contexto relata o desespero das mulheres devido à extinção dos homens, que hodiernamente desaparecem no desfiladeiro transgênero.

Supondo que a infausta batalha tenha semelhante desfecho a única coisa que parece empoderada é a insanidade que deforma e aniquila a raça, de maneira que o que teve início com a primeira mulher, tende repetir-se com a última; com efeito dominó. Como diz o provérbio: “Um povo que não aprende com a história está condenado repeti-la.” 

Portanto, o empoderamento deve ser buscado através de um retorno a casa do Pai, como fez o filho pródigo confessando e arrependendo-se de seu pecado e receber o PODER da Vida Eterna. A palavra diz: “Veio para os seus e os seus não o receberam, mas, a todos quantos o receberam deu-lhes o [poder] de serem feitos filhos de Deus” João 1;12 Este é o maior status que a humanidade pode alcançar.

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