A abordagem do tema, trouxe desconforto devido o fato de não estar isento deste mal, todavia esta consciência ajuda na sua identificação, para dissertar sobre o tema como potencialidade latente que oportunamente se manifesta comprometendo o ser, estar e agir. Sua origem remonta ao querubim que desejou ser como Deus. (Isaías 14;12-14) O contexto bíblico mostra que o desejo (orgulho) de auto exaltação ao nível de divindade o precipitou às profundezas do abismo como satanás e deus deste século. (2 Coríntios 4;4)
Altivez de espírito em todos os tempos figura no topo da lista dos males que se aloja no recôndito da alma causando desgraça e sofrimento à raça humana desde queda do homem, que à semelhança de Lúcifer, desejou a patente de divindade. (Gênesis 3;5) Não é em vão que a Bíblia diz: "A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito, a queda." (Provérbios 16;18) Tomás de Aquino disse: "O orgulho é o primeiro pecado, a origem de todos os outros e o pior de todos. " Portanto, o pai de todos os males.
Devido a queda o ser humano se tornou hospedeiro da altivez
e isso conduz a outras deficiências como consequência do "pecado
original." A maioria dos estudiosos afirma que este se chama ORGULHO, o
qual implica prepotência, egoísmo, conceito exagerado de si mesmo, menosprezo
em relação à Deus e aos outros. Segundo R. C. Lewis "todo o ser humano tem
orgulho em diferentes graus." e o único meio de trata-lo, começa com
humildade para reconhece-lo e confessar diante de Deus." A Bíblia
corrobora esta necessidade dizendo "...conhecendo cada um a sua chaga, e
sua dor..." (2 Crônicas 6;29)
Este mal não é facilmente admitido devido o poder de
camuflagem à semelhança do camaleão, para não ser identificado. Qualquer que
afirme não ser orgulhoso incorre no mesmo pecado que tenta negar. Em seu poder
de dissimulação tem predileção em vestir a capa da "humildade"
entretanto, fica estranho pelo fato de se tratar de "lobo mau" com
indumentária de “chapeuzinho vermelho” ademais, como diz um provérbio "humildade
é moeda de colecionador, se usar perde o valor" O drama da altivez é que
induz ao “Não Ser" com dano irreparável do Ser. É semelhante à viagem para
“colonização” do planeta Marte; ida sem volta, porém, com orgulho da
“cidadania” cósmica!
Enfim, este é o pior dos males visto que, aprisiona, traz
solidão, prejudica quem cultiva, também o semelhante. Enfraquece o ser humano,
afeta a saúde, provoca separação em todos os níveis, fomenta guerras; e ruína
generalizada. Este mal denota atitude de não admitir o que sou, e a desfaçatez
de mostra-me como não sou. Quanto menor minha capacidade de identifica-lo;
maior sua evidência.
Sendo o orgulho outra face do egoísmo, sabiamente Jesus
receitou seu antídoto dizendo "Amarás o SENHOR teu Deus, de todo teu
coração, de toda tua alma e de todo teu entendimento. Este é o grande e
primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás teu próximo como a
ti mesmo." (Mateus 22;37-39) No primeiro caso combate o endeusamento de si
mesmo. Em segundo plano trata o egoísmo pela caridade, altruísmo e auto
negação. Aquele foi portanto, o grande pecado contra o qual o SENHOR decretou o
grande mandamento. O outro está relacionado ao semelhante e seu combate
consiste em amar o próximo.
Na ânsia de se tornar celebridade no Éden, Eva colocou seu
ego (vontade) acima de Deus e de seu marido. Para isso, deixou de crer em sua
palavra e passou acreditar em seu arquirrival deixando a submissão e
tornando-se autônoma. Portanto, o culto à personalidade remonta ao Paraíso e
teve seu zênite antanho na Torre de Babel quando proclamaram: "...façamos
para nós uma cidade, e uma torre, cujo cume chegue até ao céu; e tornemos
CÉLEBRE nosso nome..." (Gênesis 11;4)
O orgulho tem sua raiz no âmago da natureza caída, não pode
ser combatido com recursos humanos. A única forma de ser vencido é pela morte
do velho homem na cruz, para renascer como nova criatura em Cristo Jesus (João
3;5-8). O apóstolo Paulo comemora este milagre como quem dá gritos dizendo: “Já
estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a
vida que agora vivo na carne, vivo-a pela fé do Filho de Deus, o qual me amou,
e se entregou a si mesmo por mim.” (Gálatas 2;20)
Por fim há um provérbio que diz: “O orgulho não quer dever e
o amor-próprio não quer pagar.” A humanidade contraiu uma dívida eterna e esta
foi paga pela morte na cruz, para nos salvar; não aceitar o resgate, implica estupidez e arrogância crônica, que terão sua “exaltação” nas profundezas do Hades.
Nenhum comentário:
Postar um comentário