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01/02/2020

A OUTRA FACE - Diferente dos revides da "razão" somos aconselhados pela sabedoria de Deus; Jesus Cristo, "golpear" o coração insano com sua miseriórdia.

Diz um provérbio secular: "Aquele que tem sabedoria reage de forma sensata e equilibrada, mesmo que tenha sido tratado com estupidez." Destarte, evita armadilha da lei de talião que preceitua desforra segundo a ofensa. O termo "talião" é oriundo do latim "tálio", derivado de "talis" com o sentido de "tal, idêntico", portanto, a reação de dar o "troco" na mesma moeda tem o efeito bumerangue, que retorna para aquele que o arremessou e depõe contra a lei maior que enfatiza:

"O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade;

tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba." (1 Coríntios 13;4-8) No princípio desta lei sublime está a misericórdia infinita, a qual, antes que vingança recorre ao perdão incondicional. Aquele que tem autoridade para falar de amor e perdão aconselhou os discípulos quando questionado sobre o tema: "Pedro, aproximando-se, lhe perguntou: SENHOR, até quantas vezes meu irmão pecará contra mim, que eu lhe perdoe? Até sete vezes? Respondeu-lhe Jesus: "Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete." (Mateus 18;21,23)

Quando Jesus ensinou: "Ao que te bate numa face, oferece-lhe igualmente a outra; e ao que tirar a tua capa, não o impeças de levar também a túnica." (Lucas 6;29) Ele não estava ensinando masoquismo de Leopold Masoch, mas, amor ao próximo. Afinal, o masoquista, sente prazer a partir do sofrimento, entretanto, o que ama, paga o preço de aflições pelo prazer de amar, o que difere em gênero e grau de derivar prazer, a partir da dor.

Portanto, oferecer a "outra face" implica juízo, prudência, liberdade, domínio próprio que suscita força não para revide, mas, para perdoar colocando em evidência o Ser, redivivo, transformado pela regeneração regido e norteado pela novidade de vida, diferente da escravidão imposta pela maldade como forma de afirmação da forca, característica dos que estão espiritualmente mortos, moralmente raquítico e privados da relação com o BEM.

Enfim, a sabedoria ensina que dar a outra face denota vida regenerada, força interior. Não se refere à face física, mas, espiritual; de um coração transformado pela lei da liberdade, do amor. Oferecer a outra face é virtude de praticar o bem a quem me decepciona, é ter capacidade de suportar difamações e ser compassivo diante do ódio. É sair silenciosamente da linha de fogo das agressões. Dar a outra face previne homicídios, traumas, cicatrizes e dores indeléveis. Este princípio observa que os fracos se vingam, porém os fortes, se protegem observando antes o princípio do amor, que da desforra ou disputa.
Finalmente, como diz um provérbio de autor desconhecido: "Os perfeitos não mentem, não bebem, não brigam, não discutem, não erram, não existem." E os que amam, não revidam, tampouco partem para desforra, para evitar a própria ruína, bem como do próximo e de igual forma descer ao nível da estupidez, mas, luta para livrar do fogo aqueles que estão incendiados pelo ódio, visto estarem conscientes que "...Tudo que o homem semear, isso também colherá." Por outro lado é oportuno lembrar a verdadeira LEI ÁUREA condensada em um versículo, que se fosse colocada em prática acabaria com os males do mundo, este princípio preceitua: "Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, assim fazei-o vós também a eles; porque esta é a Lei e os Profetas." (Mateus 7;12)

Portanto, oferecer a outra face significa mostrar o outro lado, aquele que se coloca no lugar do outro, mesmo que isso represente sacrifício. A "outra face" se revelou em cristo  o qual se entregou na cruz para resgatar inimigos. O texto bíblico enfatiza:Mas Deus demonstra seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores. Como agora fomos justificados por seu sangue, muito mais ainda, por meio dele, seremos salvos da ira de Deus! Se quando éramos inimigos de Deus fomos reconciliados com ele mediante a morte de seu Filho, quanto mais agora, tendo sido reconciliados, seremos salvos por sua vida! (Romanos 5;8-10) Sendo assim, quando ofendidos, agredidos, caluniados, enfim, quando maltratados o maior golpe que aprendemos com a sabedoria de Deus; Jesus Cristo é a misericórdia que golpeia o coração, desarma o adversário e pode conduzi-lo à salvação sendo livre da escravidão. O conselho bíblico é “Não te deixar vencer do mal, pelo contrário vence o mal com o bem” (Romanos 12;21)

20/12/2019

COMPLICAÇÕES DA LÍNGUA


Há situações em que dispomos do conteúdo porém, faltam palavras e há casos quando as palavras são abundantes entretanto, falta conteúdo .
Aqui, o termo “Falar demais” difere de, “falar o que não deve” principalmente a verborreia, que cheira mal devido alto grau de fermentação, capaz de contagiar o ambiente bem como os que nele estão. São aqueles que não refletem sobre o assunto, vão logo despejando nos ouvidos alheios tudo o que lhes vem a mente. Não costumam ponderar, sobre implicações e consequência do que é dito, de maneira que "falam pelos cotovelos" inadvertidamente e com a naturalidade de quem se livra de uma
necessidade fisiológica.
Curiosamente Deus fez o ser humano com uma boca e dois ouvidos; não seria isso indício que é prudente ser antes ouvinte que falante? Não é sem razão que encontramos inúmeros textos exortando o ouvir: “Na verdade, na verdade vos digo que, quem OUVE minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas, passou da morte para a vida”. (João 5:24) "Bem aventurados os que OUVEM…" (Apocalipse 1;3) etc.
A sabedoria não consiste simplesmente em dizer tudo o que se pensa, mas, pensar tudo o que se diz e SER é melhor que parecer pois, diz o dito popular sobre o tema “O que tu és fala tão alto, que não consigo ouvir o que dizes”. Portanto, antes de se deixar impressionar por aquilo que alguém diz, é necessário a prudência de observar primeiro, o que ele faz.
Pessoas prolixas frequentemente criam dificuldades; para si e para outros, mas dificilmente aprendem. Neste caso seria importante doutrinar e habituar-se a usar quando necessário o termo; NÃO SEI. Ou consequentemente aprenderemos na prática o significado do provérbio chinês que diz “A palavra na minha boca é minha escrava, porém, a que deixo escapar será minha senhora”.
Finalmente, o Apóstolo Tiago diz “Se alguém não tropeça em palavra, o tal é perfeito, e poderoso para também refrear todo o corpo. Ora, nós pomos freio nas bocas dos cavalos, para que nos obedeçam; e conseguimos dirigir todo o seu corpo. Vede também as naus que, sendo tão grandes, e levadas de impetuosos ventos, se viram com um bem pequeno leme para onde quer a vontade daquele que as governa. Assim também a língua é um pequeno membro, e gloria-se de grandes coisas. Vede quão grande bosque um pequeno fogo incendeia. A língua também é um fogo; como mundo de iniquidade, a língua está posta entre os nossos membros, e contamina todo o corpo, e inflama o curso da natureza, e é inflamada pelo inferno. (Tiago 3:2-6)
Portanto, a prudencia aconselha falar quando necessário de preferência, o que é edificante e transmite coisas boas desde que, também sejamos praticantes do bem. Todavia, vale lembrar que atitudes falam mais que palavras e jamais esquecer que ouvir é virtude dos sábios, pois, há tempo de falar e tempo de estar calado. Em dados momentos só se deve proferir palavras quando estas forem mais sábias que o silêncio.