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03/02/2021

CONTRADIÇÕES NO-ÉTICAS - Com base na “autonomia” noética, à revelia dos universais evidencia-se um ceticismo cartesiano, que nega princípios e valores canonizando aparências, profanando a essência primeira; O Ser Imutável, O Divino.

 Contradições NoéticasNa perspectiva da performance existencial, curiosamente percebe-se que poucas almas atentam para o que realmente é, entretanto, é flagrante a multidão que nutre fixação pelo que parece ser, porém não é. De maneira que as aparências sobrepujam à essência; no primeiro caso refere-se ao Ser, ao qual, contrapõe-se o Não Ser.  O “Ser” aqui referido implica identificação com o Bem por excelência; o Deus bíblico.

Platão fala da capacidade ou virtude noética que abrange o intelecto, o raciocínio, o espírito e está relacionada às imagens padrão, ao mundo das ideias, ao modelo metafísico, a grande mente universal, ou logos. Considere-se que o filósofo não tinha a perspectiva bíblica, entretanto como alma vivente albergava o arquétipo original, com o selo do Criador. Destarte, esta conjuntura filosófica tem conotação com o texto que diz: “Pela fé entendemos que os mundos pela palavra de Deus foram criados; de maneira que aquilo que se vê, não foi feito do que é aparente” (Hb. 11;3).

O “mundo das ideias” do ateniense, por viés ontológico e filosófico tem vínculo embora nominalmente distorcido, com o texto bíblico, visto que ambos testificam que o mundo sensível, tem como origem, o Invisível; Deus, Aquele que apanha os sábios na própria astúcia, pois imprimiu tanto na alma quanto nas mãos humanas o selo de sua autoridade, do qual o humano não pode livrar-se.

Acerca disso está escrito: “Tudo fez formoso em seu tempo; também [pôs no coração humano a ideia da eternidade], sem que este possa descobrir a obra que Deus fez desde o princípio até o fim” (Ecl 3;19). Quanto ao selo digital diz o texto: “Ele [sela as mãos de todo homem], para que conheçam todos Sua obra” (Jó 37;7). Ironicamente a ciência secular conferindo isso no livro “acientífico, obscurantista, arcaico” descobriu a impressão digital. Outra vez evidencia-se testemunho visível Daquele que é Invisível.

Não obstante o acervo literário, histórico e cultural acerca do Ser onisciente, onipresente e onipotente como origem primeira de todas as coisas, grassa no mundo evoluído o pensamento nômade, que não se adequa à nenhuma identidade primeira, princípio, ou fundamento, visto ter d'Ele se afastado, desde a transgressão edênica.

Nesta derrocada migratória para longe da originalidade a linguagem, o intelecto o raciocínio o ontológico atingiu um estágio de gestação acidental, por ingenuidade, credulidade cega, alienação e mesmo por estupro ontológico administrado pela sedução, de algum gênero de poder.

Neste plano espiritual isolado terceirizado, engendrou-se, a imagem mítica do bem, o qual encarna o Estado global, o sacerdócio, almas, espíritos e o escambau. Não importa onde encarne, sempre defenderá um protótipo, uma construção fantástica, uma espécie de mundo das ideias otimizado, colonizando e unificando o virtual, o aparente em detrimento da Essência primeira; O Criador de todas as coisas, O Imutável.

Nesta perspectiva [origens] está escrito “Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, dominações, principados ou potestades. Tudo foi criado por ele, e para ele. Ele é antes de todas as coisas, as quais subsistem por intermédio d'Ele” (Col 1;16,17).

Visto que o consenso geral apregoa que no mundo nada se cria, porém tudo se transforma percebe-se a dimensão e categoria destas transformações, as quais, obstinada e permissivamente cruzam todos limites, num movimento migratório que vai de uma à outra profundeza, afinal, “Um abismo chama outro abismo” (SL 42;7).

Isso implica que a lei universal de
causa e efeito, em uníssono com a segunda lei da termodinâmica [desintegração] testificam que aquilo que foi declarado perfeito (Gn 1;31), não pode ser aperfeiçoado, porém tende passar da ordem para desordem, do Bem para o mal, da verdade para mentira, da essência para aparência. Uma metamorfose distópica; uma invenção ectópica.

Neste universo permissivo distópico abissal é normal a gravidez masculina, virilidade feminina, as diabruras dos deuses, híbridos humanos e sobrenaturais, a honestidade dos assassinos, a bestialidade de um Sumo Pontífice, o “sétimo” dia da criação [engenho genético], o santuário das coisas profanas, o zoo antropológico, e antropo zoológico, demônios divinizados, Deus demonizado etc. Enfim, eis o efeito da a inversão que canoniza aparências como quintessência antropocêntrica.

Acerca destas coisas é possível vislumbrar as implicações teológicas, de um certo “Prometeu”, que teria roubado o fogo de Zeus. Com esse lume forjou o simulacro, um pífio arremedo do propósito Eterno que diz: “faço novas todas as coisas”(Ap 21;5ss).

Entretanto, as imitações do ateísmo religioso cientificado e seu mentor, no que tange fazer “novas” todas as coisas, assemelham-se à ovelha Dolly; nova na aparência, porém velha na essência. Parece inevitável perceber a evidência, de uma “novidade” velha, com idade e configuração do pai da mentira (João 8;44). Afinal, “Não há nada novo debaixo do Sol” (Ecl 1;9).


02/04/2020

PROMOTORES DA GUERRA - O mundo sistematizado investe em treinamento e doutoramento da estupidez, cultura inútil e tendências insanas, que são falsas em suas bases, insuficientes para as necessidades da alma e perigosas em relação ao destino.

Alguém escreveu com acerto que "a mídia investe cada vez mais na imbecilização social". Segundo estatísticas, em 2014 setenta por cento dos brasileiros não leram sequer um livro, e à medida que avançamos a tendência é que esse percentual aumente. Chama atenção que o contexto não ganhou destaque ou manchete na mídia nacional, afinal, muitos acreditam
que isso se deve à “cultura” do país, ou seja: o contra cultural, induzindo à ignorância, e aniquilação, que atende interesses ocultos.

Guerra
Em parte, isso tem o “dedo” ideológico sinistro, somado ao desinteresse popular, mas, a grande vilã nesse processo é a mídia, que atendendo interesses escusos e aniquilamento moral investe pesado na imbecilização, em detrimento do aperfeiçoamento cultural. Apesar dos vários tipos de entretenimento contribuírem para distração e recreação, por outro lado incentivam a plena frouxidão moral, sacrificando todas virtudes apolíneas, pelo extravasamento dionisíaco. Esta observação não implica falta de cultura ou ausência de inteligência, porém, estamos identificando um doutoramento, em estupidez, cultura inútil e motivação perigosa, de maneira que a maior ditadura moderna está na tecnologia, distraindo e viciando naquilo que não edifica e que por sua vez é alienante. No contexto é significativo entender que “O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir” (João 10:10). Estes estão roubando o tempo que deveria sem dedicado ao conhecimento, destruindo a alma e executando o espírito; com o agravo de o fazerem, com o consentimento humano escravizado no sistema alienante.

O médico, sociólogo cientista e educador carioca Edgar Roquete Pinto em 1923, via nos veículos de comunicação, meios de levar “escola aos que não tinham escola” pretendendo com isso expandir educação e cultura a toda nação, entretanto, o projeto teve vida curta cedendo lugar aos interesses do poder e do lucro. Desde então, ao contrário de muitos países a TV no Brasil, em detrimento da educação tem se mostrado responsável pelo recrudescimento contra cultural, através da midiotice audiovisual estabelecendo um abismo semelhante aquele da parábola do rico e Lázaro, que diz: “...está posto um grande abismo entre nós e vós, de sorte que os que quisessem passar daqui para vós não poderiam, nem tampouco os de lá passar para cá” (Lucas 16:26) Por este prisma o “sistema” condiciona ao abismo da entropia (tempo e oportunidade perdida), afinal, como diz o ditado ). “Há três coisas na vida que jamais voltam atrás: a flecha lançada, a palavra pronunciada e a oportunidade perdida” Eis um abismo no qual muitos se encontram.

A TV aberta, com raras exceções veicula lixo moral envenenando mente e coração de sua audiência, cobaia de todo tipo de depravação impetrada em programas transviados, que divertem-se à semelhança de Circe a feiticeira, que em seu palácio vivia cercada por uma fauna, que nada mais era que inescrupulosos viajantes por ela seduzidos e transformados em animais. Estes, apesar de tomarem a forma dos bichos conservavam a consciência humana, entretanto, com a midiotice, ocorre o inverso, eles conservam a figura humana, todavia, o coração ganha forma animalesca num transviar abissal, que caracteriza uma viagem de ida sem volta. Os tais saíram da “casinha” e se perderam no “casarão” para além do labirinto.

O Brasil é conhecido como “país do football” entretanto, a característica de espetáculo há muito se perdeu, devido ao fato que os “monstros” forjados na mídia sarcástica que à semelhança dos imperadores romanos diverte-se às expensas do sangue de estúpidos “gladiadores”, transformou o lúdico no impudico. Não é sem sentido que os estádios são chamados de “Arenas” onde as feras são soltas, como acontecia no velho Coliseu romano, com uma diferença; “sublimaram” a estupidez do anfiteatro e apelidaram de esporte.

No contexto atual, na semana que antecede um confronto de grande rivalidade esportiva, os “chacais” do microfone se encarregam de forjar e veicular provocações passionais carregadas de ódio, que resulta em fúria tanto nas quatro linhas, quanto nas arquibancadas. Importa ressaltar que estes sádicos “imperadores” apregoam a “paz nos estádios”, entretanto, fomentam a guerra. E depois, com o sarcasmo de um Arafat, - que patrocinava o terrorismo, porém, diante das câmeras de TV, “condenava” a violência dos homens bomba – se mostram “estupefatos e perplexos” diante da fúria que eles incrementaram por detrás dos microfones.

É desnecessário dizer que há exceções, devido aos profissionais que trabalham com isenção, por outro lado, na contramão do sadismo, encontram-se os que em nome da audiência e prestígio popular veiculam patetices que irritam pelo abuso do fonético patético boçal. Produto da imbecilização.

Este aspecto, lembra o mito de Procustes, bandoleiro que queria tornar todas pessoas iguais, então as atacava e prendia em uma cama conhecida como “o leito de Procustes” cortando pedaços, quando eram muito grandes ou esticando em barras de metal quando eram menores que o leito. Assim trabalha a mídia massificando pelo eclético, patético, sincrético; onde o individual se perde na massa amorfa formatada. Esta é sem dúvida a “igualdade” proposta pela ideologia Procustes; uma equalização transviada totalitária ditatorial sob indumentária de “igualdade, liberdade e fraternidade” é uma igualdade cubana, uma originalidade “paraguaia” e uma dignidade de subsistir no chiqueiro alimentados com “bolotas” de pão e circo dos deuses imperiais.

Entretanto, certamente serão apanhados pelo efeito bumerangue da eterna lei de causa e efeito, ou da semeadura e da ceifa. Na Bíblia está escrito “...tudo que o homem semear isso também ceifará” (Gálatas 6;7) Parece que os midiotas adotaram o padrão da ausência de padrões; sendo assim de fato, “quanto mais conhecemos os humanos, tanto mais admiramos os animais” quanto mais conhecemos a sociedade, mais detestamos o produto que ela nos tornou. Porém, como como diz o proverbio bíblico “Porque semearam vento, e segarão tormenta, não haverá seara, a erva não dará farinha; se a der, tragá-la-ão os estrangeiros” (Oseias 8:7)

A vista disso, certamente o mundo colherá o que plantou e também a mídia que foi o mecanismo de semeadura descobrirá demasiado tarde que “Vindo o vosso temor como a assolação, e vindo a vossa perdição como uma tormenta, sobrevirá a vós aperto e angústia. Então clamarão a mim, mas eu não responderei; de madrugada me buscarão, porém não me acharão. Porquanto odiaram o conhecimento; e não preferiram o temor do Senhor: Não aceitaram o meu conselho, e desprezaram toda a minha repreensão. Portanto comerão do fruto do seu caminho, e fartar-se-ão dos seus próprios conselhos. Porque o erro dos simples os matará, e o desvario dos insensatos os destruirá. Mas o que me der ouvidos habitará em segurança, e estará livre do temor do mal” (Pv 1:27-33)

PROMOTORES DA GUERRA - O mundo sistematizado investe em treinamento e doutoramento da estupidez, cultura inútil e tendências insanas, que são falsas em suas bases, insuficientes para as necessidades da alma e perigosas em relação ao destino.




19/01/2020

O CIVIL E O BÁRBARO - Neste contexto, o vandalismo abarca coisas maiores do que aparenta; é oriundo das profundezas abissais. Esta estirpe, enquanto não pratica dano e destruição não encontra paz e satisfação.

Segundo noticiado recentemente pelo jornal Estado de Minas, vândalos depredaram igreja, rasgaram bíblias, quebraram instrumentos musicais, destruíram aparelhos de som, jogaram bebida, urinaram no altar e viraram cadeiras. Um arroubo de crueldade com perfil e característica de pandemônio bárbaro. O incidente aconteceu na Igreja Sara Nossa Terra, em Santa Maria, no Distrito Federal.
Precedendo a devida consideração ao contexto da delinquência em questão, é oportuno observar a relação contida na dicotomia pertinente ao civil e o bárbaro. No conceito romano o termo “bárbaro” era atribuído a qualquer povo ou nação que não fosse de origem greco-romana. A expressão ainda hoje tem conotação pejorativa. Este ponto de vista identificava os vândalos como símbolo de resistência à expansão nacional, devido o perfil cultural incompatível. Este comportamento contrasta com a civilidade que está relacionada ao respeito mútuo, bons costumes, hospitalidade, cortesia, polidez, respeito às leis, instituições e normas sociais, que são requisitos necessários para convívio harmônico e pacífico entre sociedades, grupos ideológicos, culturas, partidos, religiões etc.
O vandalismo em sentido genérico parece uma estranha forma de prazer ou vingança que satisfaz ou diverte o algoz em danificar, desfigurar e destruir o alheio. Esta natureza comportamental tem nuances de sadismo, visto que sente prazer com a dor dos outros. Considerando por outro prisma esse tipo de selvageria caracteriza também, uma forma insana de chamar atenção e vender a imagem de heroísmo.
No contexto é oportuno frisar que diferente dos vândalos em questão, existe outro perfil camuflado na ciência, nos poderes políticos bem como, nas religiões. No primeiro caso, há “experimentos” que caracterizam verdadeiros atentados contra a ordem natural das coisas e da vida. Em segundo lugar os poderes adulteram leis, violentam a justiça, destroem princípios e valores e tratando-se de religião impera a prostituição que desonra, afronta disseminando anátemas e se fosse possível, cometeria até deicídio. Entretanto, contra esta categoria de vandalismo blindado, poucas vozes se levantam. Tendo como base este pano de fundo, não seria coerente ponderar que os vândalos conhecidos sejam subproduto do vandalismo dos poderes?
Em caso afirmativo, não significa que os primeiros estejam justificados devido ao abuso dos grandes, uma vez que, ambos estão a serviço do mal. Entretanto, visto que “... um abismo chama outro abismo" (Salmo 42;7) implica, que um ato de violência de qualquer natureza resultará sempre em outros de maior monta e a consequência última será uma destruição generalizada com sequelas, no ecossistema, no corpo, alma e espírito; tamanha a sua proporção, complexidade e profundeza.
Esta natureza de coisas justificará o estabelecimento da “Nova" Ordem Mundial sob comando do “vândalo" mor, que já havia praticado violência nas alturas, depois no Paraíso e agora comanda o terror na terra, por tempo determinado. Este inveterado algoz está plantando e cultivando violência, arregimentando um exército de renegados para usá-los como munição contra o Príncipe da Paz na guerra de Armagedom (Apocalipse 16;14-16)
Portanto, o anarquismo do vandalismo generalizado é mero ritual de iniciação que incita e justifica, a curto prazo, a tomada do poder para estabelecimento do governo do anticristo, que enganará muitos dizendo: “....eu sou o cristo...” (Mateus 24;5) e sob promessa da “paz” na terra vai deflagrar a guerra. No contexto diz a palavra de Deus: “Quando disserem, há paz e segurança, então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida, e de modo nenhum escaparão.” (1ª Tessalonicenses 5;3).

Portanto, o vandalismo abarca coisas maiores do que aparenta; é oriundo das profundezas abissais. Esta estirpe, enquanto não pratica dano e destruição não encontra paz e satisfação. Como disse Salomão: “não dormem, se não fizerem o mal, e foge deles o sono se não fizerem tropeçar alguém”. (Provérbios 4;16)