No meio cultural utilizam-se clichês que são aceitos e
repetidos de forma automática, sem a devida análise do sentido e contexto. Este
parlatório geralmente faz parte do colóquio da grande massa, e na verdade tem
peso de demagogia ou meias verdades. São termos compostos e expressões
pré-definidas, na conotação idiomática porém, são locuções deficitárias
consagradas e aceitas inadvertidamente como verdades absolutas. Nesta conotação
diz um conhecido provérbio: "Não há bem que sempre dure, nem mal que nunca
se acabe..."
O ditado faz parte do colóquio secular recitado como expressão proverbial completa e em si mesmo bastante entretanto, uma análise ponderada demonstra que tem apenas conotação relativa, contextual, temporal ou meramente episódica. Por exemplo, uma doença crônica caracteriza um mal que se acaba por ocasião da morte do corpo, visto ser um mal físico e temporal. Por outro lado, bens materiais podem durar por tempo indeterminado e finalmente deixar de existir, por diferentes razões. Os dois casos merecem melhor análise.
Por se tratar do contexto temporal há certa conexão lógica,
entretanto, em "areias movediças" pois, o mal que se prolonga até a
sepultura durou para sempre ou seja, a vida inteira, diferente daquele que é
eliminado antes. Por este prisma há relevância em relação aos bens que se
perdem em vida, entretanto, os que permanecem após a morte solapam a assertiva.
Destarte, no tempo terreno as premissas da aludida proposição têm conotação
meramente relativa e pecam pela falta de conclusão.
Aplicando-se, porém, esta máxima ao que tem existência eterna,
entra no estado de coma da falta de sentido, e colidirá com a benignidade de
Deus que é infinita, portanto, um bem que nunca se acaba; em oposição à
expressão: "não há bem que sempre dure." Na contramão deste
princípio, se depara a eternidade dos maus, o submundo infernal, onde o livro
que os "pensadores" odeiam afirma categoricamente: "...seu
bicho não morre, e o fogo nunca se apaga." (Marcos 9;44) Aqui está
confrontada a tese que afirma: "não há mal que sempre dure." Visto
que lá o mal é ETERNO.
Portanto, a frase feita no contexto da eternidade tropeça nas
barreiras do absurdo e não podia ser diferente, visto ter-se originado do que é
limitado; o coração humano. Não pela crítica em si, tampouco pela pretensão de
sabedoria, mas, o que preocupa é que o Panteão dos literatos e pensadores seja
repositório do pobre, deficiente e confuso conhe-cimento, que é
irresponsavelmente disseminado sob alcunha de "sabedoria popular", e
muitos adquirem sem critério, provam sem degustar e ingerem sem mastigar.
Talvez o termo "livre pensador" esteja atrelado a
esse "trem" desorientado, cuja tripulação confunde os passageiros que
pagam o "mico" da estultícia ou da crença cega, da confiança no
desleal pelo fato de terem por certo, o que é confuso, nebuloso e mesmo
sinistro, o que também caracteriza tácito desrespeito. Aliás, não é em vão que
este perfil de sábios tenham se declarado "livres pensadores" para
deixar claro que não tem a PALAVRA DE DEUS como fundamento, portanto, é em
oposição à Bíblia que se declaram "livres." Entretanto, esta é na
verdade estrondosa declaração de escravidão, oriunda do fundo da caverna
platônica tecida de megalomaníacas divagações derivados das sombras, as quais,
não suportam um raio de Sol.
Não obstante a conotação universalista atribuída de olhos
vendados a certas proposições, elas não passam de elucubrações apócopes um tipo
de "vanguarda" do atraso, afinal, estabelecer confusão e disseminar
conflito é a sarcástica diversão de muitos intelectuais de pensamento
"autônomo", que são pós-graduados, especializados, com capacidade
refinada em edificações com a "garantia" Sérgio Naya (que desmoronam)
ou tipificam o sinistro world Trade Center?
Conclusão: Existem muitas coisas que devido à fé pública são
aceitas como verdadeiras, porém, se revelam falsas. Afinal, o fator
popularidade não serve como atestado da VERDADE, enfim, "Nem tudo que
reluz é ouro" visto que, mesmo a própria escória polida, se mostra
reluzente.
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