21/03/2021

SOLDADO BUFÃO - Nos últimos tempos a performance dos ditos “soldados de Cristo” parecer ter perdido o foco, e em lugar de pregar o evangelho clamam por açoites.

Existem coisas que são, e outras que parecem ser. Há diferença diametralmente oposta entre a virtude denominada coragem, e a bravata que não passa de temeridade desmesurada, porém que goza de semelhante reputação entre desavisados. É necessário ponderar que a primeira é calma, prudente, segura, a segunda é afoita, arriscada e pode ser desastrosa.


Coragem é perseverante, contumaz, mesmo  com temor não desiste do objetivo, mas, prossegue sem alarde, em humildade. Não se esconde, mas enfrenta desafios com ajuda da força interior, denominada fé, independente de sentir medo ou não.


Em contrapartida, a bravata alardeia coragem valendo-se da supremacia alheia. No contexto observa-se um perfil oportunista que sente-se realizado em fazer sensacionalismo temerário no púlpito, em áudio ou vídeos. Talvez porque aprenderam que a “igreja” entra em frenesi diante do obreiro bufão, que faz o teatro da fúria contra os “demônios”.


Tal atitude lembra a criança peralta que provoca outros valendo-se da presença da figura de autoridade, porém quando privada dessa proteção, mostra-se aduladora, solícita, ingênua, irreconhecível e incapaz, e como estratégia exibe performance de humildade.


Este tipo certamente não espelhou-se no Cristo bíblico que alega seguir, nem nos apóstolos, tampouco na igreja primitiva, e muito menos na Palavra de Deus que diz: “... aprendei de mim, porque sou manso e humilde [de coração]; e achareis descanso para a vossa alma” (MT 11;29). Os tais, em lugar de “descanso” clamam por açoites.


Talvez devessem aprender com o rude Gildo de Freitas cuja estrofe musical enfatiza: “Qualquer lata enferrujada, se enche de pedregulho e solta ladeira a baixo, ela também faz barulho. Só comigo tu não faz, pois não vou no teu embrulho. Eu não arroto grandeza, sou cantador da pobreza, e tenho raiva de orgulho”. O Fanfarrão faz o discurso de ódio e pode ser processado juridicamente.


Outro dito popular do mesmo sentido e teor enfatiza: “Formiga quando quer se perder cria asas…”. Isso faz coro com o dito arcaico:  “Macaco quando se coça quer chumbo”. Todas estas citações falam da imprudência e loucura, que vão ao encontro de complicações gratuitas. Esta performance destoa do comportamento do soldado de Cristo.


O verdadeiro cristão aprendeu que: “Os lábios do [tolo] entram na contenda, e sua boca brada por açoites” (Pv 18;6), afinal: “O que guarda seus lábios conserva sua alma, mas o que muito abre a boca se destrói” (Pv 3;13). Como soa diferente ouvir o homem que teme a Deus: “Põe, ó Senhor, uma guarda à minha boca; vigia a porta dos meus lábios” (Sl 141;3) O crente fanfarrão não aprendeu ainda a palavra que diz: “No estarem quietos estará sua força” (Is 30;7).


Outro que muitas vezes cavalgou como perseguidor da igreja, confiado no poder que lhe conferia a religião, precisou aprender a duras provas a humildade, e mesmo renunciar a reputação adquirida na maior escola da época. Teve que aprender a diferença entre o “milico” religioso e o soldado de Cristo.


Como trote de iniciação o “calouro” Paulo de Tarso foi derrubado do cavalo, teve que experimentar três dias de cegueira física, depender da oração de um “insignificante” Ananias [ler Atos cap 9], ser esbofeteado por um mensageiro de satanás, e muito mais, para que não se exaltasse e se tornasse gabarola, às expensas do nome de Jesus. (Ler 2ª Co cap 12).


Estranhamente, há um número expressivo de ditos “soldados” de cristo engajados em ativismos políticos, esquecendo-se que Cristo e o cristão, nada tem a ver com este contexto, afinal o Senhor foi enfático quanto a isso: “... meu reino não é deste mundo; se fosse, pelejariam meus servos, para que eu não fosse entregue aos judeus; mas agora meu reino não é daqui (Jo 18;36). O soldado legítimo ora pelas nações e governos, mas não entra na milícia.


Aquele que aprendeu o bom combate da fé escreveu ao que estava adentrando o exército de Cristo: “Tu pois, sofre as aflições, como bom soldado de Cristo. Ninguém que milita se embaraça com negócios desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra” (2 Tm 2;3,4). Os “militares” bufões não sabem sofrer com Cristo, porém usam Seu nome para revidar com palavras de ódio e desequilíbrio. Esqueceram que o amor é sofredor!? E que as armas de nossa milícia não são carnais” (2 Co 10;4).


Portanto, com base nestas passagens e outras tantas do mesmo teor, é conclusivo que nem o fanfarrão, tampouco aquele que está engajado em ativismo político estão de acordo com a palavra de Deus. Não discerniram que ingenuamente estão contribuindo para que sejam criados projetos de lei que aumentarão a perseguição e restringirão a liberdade de culto. Estão intencionalmente fazendo a obra de Cristo porém, inadvertidamente no princípio anticristão.


Judas o soldado de Cristo disse dos milicos gabarolas: “Estes, dizem mal do que não sabem; e, naquilo que naturalmente conhecem, como animais irracionais se corrompem. (Jd 1;10). No contexto escrito está: “Antes da ruína, gaba-se o coração humano, e diante da honra vai a humildade” (Pv 18;12).



20/03/2021

PARTIU, DEMO! Escafedeu. Estranhamente após o início da Pandemia, a propagação dos ideais democráticos saiu de cena e com ela ausentaram-se também os direitos humanos, qualidade de vida, liberdade etc. Teria ela sido degredada?

Prestando atenção no conteúdo de grande parte de tudo que é veiculado através da mídia percebe-se que, os discursos que até pouco tempo eram inflamados defendidos pela política global e até pelas religiões politizadas, como essencial para um mundo de liberdade, igualdade, fraternidade, qualidade de vida, longevidade e direitos humanos
e congêneres; partiram para terra do nunca. 

O termo que define isso é democracia, regime que segundo os gregos, as decisões da cidade eram tomadas por uma assembleia de seletos cidadãos. Era o governo do povo, pelo, e para o povo. Só que não! Pois, no contexto atual foi suprimida a liberdade, o direito de ir e vir, e até mesmo de escolher; o livre arbítrio foi aprisionado, e quando desfila em público, o faz numa camisa de força.

Portanto, um demo sem cratos [poder] caracteriza povo fragilizado; escravo. Como é indecente, desoladora a retrospectiva dos palanques políticos, bem como das assembleias Gerais, dos fóruns sociais, da mídia e movimentos afins, que propagaram a farsa, de que o mundo caminhava para “democracia”; afinal, o povo não tem poder, nem liberdade, tampouco direito à vida. 

Estranhamente, os discursos democráticos pegaram seu banquinho e saíram de mansinho subestimando e dando de ombros à inteligência, que percebe essa retirada estratégica, que tendenciosamente muda o foco. Afinal, esta politicagem amasiada com hostes invisíveis adotou perfil mascarado, e até “aceitou” zipar os lábios para que a democracia não tivesse voz nem vez, pois era apenas engodo, uma espécie de feitiço ou encanto que estava na hora de ser desfeito.

Para salvar a pele dessa mandingueira surgiu um vírus inteligente polivalente, mutante, estrangulador detentor de autoridade global, o qual ordena a todos “democraticamente” aceitarem confinamento em sofisticado sistema prisional denominado lockdown, no qual os encarcerados têm privilégio de laborar em home office, e uma nova modalidade de “ir e vir” sem sair de casa batizada de mundo virtual, onde  mentira.impera o embuste. Entretanto,  perfeitamente aceito pelos que se regem pelo princípio do “me engana que eu gosto”.

Se existe sentido para o termo “televisão de cachorro” referido no colóquio popular, às assadeiras de frango com espetos giratórios onde os cães famintos contemplam o assado rodar, e sentem o cheiro que, pelo menos, aguça o paladar. Isso fez a feiticeira demo-cracia e depois, descaradamente saiu de cena deixando os “cães” iludidos uivando de fome, e ressurgiu como Pandemia, com uma “Filó” Sophia totalitária, e uma dor avassaladora. Dá impressão que o DNA demo foi editado. Que evolução, que desolação, que perplexidade, como tra-vestiu-se; era prolixa, agora está silente.

Sua última mensagem apoteótica foi: “O mundo nunca mais será o mesmo depois do coronavirus!” (...) Quando na verdade ele apenas mostrou a cara, tirou a máscara, e faz com que todos exibam metade da cara, para que por algum tempo possa contemplar-se refletido nos infaustos comandados. Estes apregoam como os estúpidos gladiadores diante do imperador: “Ave cezar morituris té salutan!” Ave César, aqueles que vão morrer te saúdam!

Como justificativa, alega-se que é para “bem de todos, felicidade geral”, e “defesa” da vida. Pobre chapeuzinho vermelho nas mãos desse lobo mau. É como fugir dos demônios, e cair nas mãos de satã travestido de anjo de luz (2ª Co 11;14). No contexto faz sentido o dito popular: “Se correr o bicho pega, se parar o bicho come”. Se correr ao trabalho o “bicho” aplica pesadas multas, se ficar em lockdown morre de agonia, ou de fome. 

Cadê você democracia! Onde estão seus programas na TV, seus discursos inflamados nos palanques políticos, sua liderança nos fóruns internacionais? Você foi banida das Nações Unidas? Fostes excluída da política global? E o Francisco de Roma, que diz? Ora a comunidade internacional sempre exige elucidação, quando alguém dos seus desaparece. Entretanto, não se ouve protestos, nem se faz menção ao termo democracia, impera um silêncio sepulcral. Teria ela sido raptada, ou está sendo velada secretamente?

No afã de agilizar a investigação ventilou-se a ideia do retrato falado, entretanto, não foi possível devido ao fato que a inveterada jamais foi vista. Tudo que se sabe gira em torno de discursos demagogos atribuídos a ela. Possivelmente tenha sido criada apenas para seduzir e aprisionar incautos. Será que usaram o “Apagador de Memórias” para fazer que fossem esquecidos os ideais democráticos? Nem o detetive virtual da Globo se importou de investigar o tal sumiço. Afinal não seria este um fato curioso? (...) Não seria Isso; Fantástico?

Cadê a democracia que estava aqui? Escafedeu! Saiu pelo ralo, desapareceu da missa vestindo hábito de noviça! Joana D’arck era mulher vestida de homem, a democracia era gênio efeminado, tendo demo como codinome. Aquela fora condenada como “bruxa” depois canonizada, esta consagrada e agora defenestrada; profanada. 

A demo pegou o trem, escafedeu-se partiu para o Além!

16/03/2021

O "SABOR" da MAÇÃ - Esta abordagem põe em evidência distorções polissêmicas que confundem, e causam mal entendido de ordem literária e mesmo teológica.

 

Animais

Depois de muita relutância à ideia do ser humano como “animal racional” o conflito foi atenuado devido evidências e conotação polissêmica. Afinal, desde tempos remotos a semântica tem se servido desta metáfora que de certa forma confunde a coisa com a respectiva terminologia. Um exemplo disso é o latim "malum" que significa Maçã, mas, também tem o sentido de “mal”, de onde surgiu a metáfora de que Eva comeu a “maçã”. Esta expressão tem gerado confusão dialética e teológica. Existem outros exemplos, porém, este é bastante para elucidar a questão. 


Retomando o assunto considerando o sentido etimológico
do termo, “animal” vem do Latim; [anima], “alma, sopro, respiração”, aplicado a “um ser que respira”, isso difere daqueles que pensam. Portanto, o ser humano é “anima” que raciocina, daí a dialética derivou para [animal], contudo, sem o sentido de fauna. Quando vertido para o grego, anima também se torna “psique” com o sentido de alma. Esta segundo estudiosos é dividida em mente, vontade e emoções. Porém o ser humano também é dotado de espírito, cujas faculdades são: intuição, comunhão e consciência. Portanto, em sua constituição o homem é espírito, alma e corpo (1 Ts 5;23).


No espírito ele ouve a voz de Deus intuitivamente, o identifica pela comunhão, e obedece por consciência. Como alma raciocina, decide e sente emoções. No corpo, estão os cinco sentidos, na alma o sexto e no espírito o sétimo. Nesta acepção, os que seguem emoções são vegetais e irracionais, os que seguem a alma são “animais” racionais porém, os que são guiados pelo espírito, são espirituais.


Importa também considerar o verbete no dicionário Aurélio que concebe anima como “bestializar, embrutecer”. Outro léxico define como “reduzir aos instintos, aos apetites, aos gostos do animal, às paixões brutas”. Portanto, o homem assemelha -se ao animal quando pratica atos desumanos. Existem também aqueles que a sociedade e o poder público tratam como animais. Visto por este prisma, a expressão “Animal Racional” tem relativa conotação. 


Tendo em vista esse pano de fundo, resta considerar o ocorrido no Éden, quando os ancestrais humanos foram ludibriados e subjugados pela Serpente; um animal manipulado pelo inimigo de Deus e do homem. Ao comer do fruto - pecar contra Deus - cometeram atentado contra o espírito da Vida. Este ato descaracterizou, por assim dizer, o aspecto humano original; imagem e semelhança divina, e assim o espírito se retirou apagando a Luz, restando apenas anima. Destarte, o homem pode ser comparado a um animal racional, predador da própria vida. Se fez isso consigo, que esperar que faça com outros. Desde Ninrode (Gn 10;9,10), O “homem anima”, se tornou caçador; predador da própria espécie. 


Referindo-se à estirpe de caráter deturpado e insana por opção, a Bíblia compara-os com os bichos, dizendo que os “...tais, levianamente, difamam tudo o que não compreendem; e se corrompem até nas atitudes mais simples que aprendem por instinto, como [animais irracionais], se corrompem." (Jd 1;10) E Jesus também faz uso do termo dizendo “...raça de víboras” em alusão à [víbora] ancestral.


Por esta razão o termo deixou de ser para mim “Pomo da Discórdia” devido aos pontos de convergência que justificam a expressão. Portanto, visto que a humanidade degenerou em Adão é necessário regenerar (Tt 3;5) (Jo 3;3-5) para tornar a ser humana, na verdadeira acepção do termo. No contexto, importa frisar o que disse C. S. Lews sobre o sentido de ser humano: “Ser um humano completo significa ter as paixões obedientes à vontade e esta ofertada a Deus”.

 

Concluindo resta que o reino da besta de Apocalipse resultará da aglutinação de uma “fauna” racional enfurecida que estupidamente irá contra Deus na batalha de Armagedom. (Ap 16;14-16) Estes irão para morte no como boi vai para o matadouro. (Pv 7;22)


15/03/2021

PLACEBO E NOCEBO - Nesta perspectiva é possível traçar um paralelo entre o mal causado à saúde clínica, considerando-se também os efeitos da falta de discernimento espiritual.

Desde tempos remotos o feedback dos órgãos responsáveis pela saúde pública, tem se revelado molestos dando impressão que a entidade sofre algum tipo de enfermidade crônica, de maneira que apresenta performance e dinâmica anacrônica em sua forma de atender doentes, tratar doenças e administrar remédios. Tem-se impressão de uma saúde caduca.
Este quadro nefasto, evoca o termo “nocebo” que significa, [fazer mal]. A expressão foi criada em oposição ao termo “placebo” que tem o sentido de [agradar]. Entretanto, chama atenção que em qualquer dos casos, se aplicado como forma de tratamento ao paciente, tem implicações danosas.
O efeito nocebo é utilizado para designar reações ou respostas prejudiciais, desagradáveis, indesejadas, como resultado da aplicação de uma droga inerte, que em tese não produz efeito
, devido seu caráter inócuo.
Na verdade não existe uma droga real envolvida, mas os efeitos adversos psíquicos incluindo alterações comportamentais, afetivas, emocionais e físicas são reais. Um exemplo do efeito nocebo seria alguém com medo da morte, após ser picado por uma cobra não venenosa.
Por outro lado, o efeito placebo implica uso de substância ou tratamento inerte [que não interage com o organismo] empregado como se fosse ativo. Esse procedimento produz efeito fisiológico positivo, mesmo que não tenha capacidade para isso, melhorando os sintomas. Implica “curar” câncer com aspirina.
Portanto, seja como for em ambos os casos, prevalece o engano, a ilusão, a sensação de ter recebido cura, quando na verdade, fora mera vítima de uma fraude geradora da sensação de “bem” estar.
De igual forma a consequência nocebo, implica sentir-se mal, quando as evidências ou realidade do mal inexistem; são apenas imaginárias. Diante deste quadro sinistro é possível que, qualquer que goze perfeita saúde, sinta-se como se estivesse psicologicamente perturbado, e possivelmente, busque “socorro” no insano sanatório.
Portanto, enquanto prevalecer o efeito nocebo, não apenas na saúde, porém nas relações humanas, o mundo irá de mal a pior devido ao fato que a maldade configura a pandemia universal catalisada, e defendida como ideal; é o princípio do “me engana que eu gosto”. Placebo e nocebo, têm semântica diferente, todavia na essência ambas encerram embuste.
Se considerado espiritualmente o sentido é agravante, pois, implica sentir-se bem, no cultivo das ilusões, e por diferente viés, debater-se com o mal que existe apenas no imaginário, de maneira que impera confusão e insanidade anímica, caracterizado enfermidade espiritual, com o agravo de que devido à falta de discernimento, um tal paciente recuse o divã do médico dos médicos, por sentir-se “saudável”, na doença.
Por outro lado, há “bem estar” humano que desagrada o Espírito de Deus, e há desagrados sentidos na alma, que estão em sintonia com a vontade de Deus. Não ter ciência desta realidade implica permanecer espiritualmente sob efeito insano de placebo e nocebo, alternadamente.
No contexto é oportuno observar dois exemplos bíblicos que demonstram essa confusão: “... eles foram rebeldes, e contristaram seu Espírito Santo; por isso se lhes tornou em inimigo, e pelejou contra eles” (Is 63;10). No contexto, é possível que tendo Deus como opositor, a alma que perdeu a luz entenda estar sendo atacada pelas trevas. E em tal situação pode agir como Balaão discutindo com, e espancando a jumenta (Nm 22;23-34).
O mesmo se revela no contexto dos profetas de Baal, quando um espírito de mentira enviado da parte de Deus falava na boca dos falsos profetas, para punir a arrogância do rei Acabe, de maneira que o que parecia uma bênção se revelou um desastre. (1 Rs 22;20-24). Aqui o ledo engano se revela amargo desengano.
Uma oração pertinente implica rogar ao Senhor para que a alma não seja cegada pelo orgulho, turvando a visão impedindo que se tome ciência da anomalia que faz sentir-se bem na situação sinistra, e produz sensação de mal estar quando tudo está bem, devido à sutileza do espírito das trevas, denominada “profundezas de satanás” (Ap 2;24).
Santo Agostinho disse: “Não há doente mais incurável do que aquele que não reconhece sua doença”, para esse perfil não adianta remédio, pois, não admite sua enfermidade, e assim nutre e cultiva a sensação de bem estar, não obstante sua enfermidade de alma, e o estado de coma espiritual.
No contexto diz o Senhor que o orgulho “Cegou os olhos e endureceu o coração, para que não vejam com os olhos nem entendam com o coração, tampouco se convertam e sejam curados.” (Jo 12;40). Neste sentido escreveu Salomão: “Os néscios são mortos por seu desvio, e aos loucos a sua impressão de bem-estar os leva à perdição” (PV 1;32).
Portanto, é necessário que a alma cultive humildade, e o espírito permaneça em vigilância para uma saúde holística cujo efeito se fará sentir no espírito, alma e corpo, para para que o crente seja espiritualmente saudável vivendo e nutrindo-se da fé inabalável.