26/01/2021

INFERNO NA TORRE - Sob a Égide da evolução tecnológica diante da qual o mundo está, prostrado como se fosse divindade, descortina-se o controle total do império digital que mercadeja vidas, à semelhança do antigo comércio de Babilônia.

Inferno Na Torre
No capítulo dezoito do Apocalipse depois de exaustivo inventário dos pecados da grande meretriz, curiosamente o versículo treze apresenta uma coisa estranha colocada entre as mercadorias de seu comércio. O texto enfatiza que corpos e almas humanas eram [produto] do sinistro comércio.

A Babilônia mesopotâmica, de Nabucodonosor foi riscada do mapa, entretanto, ressurgiu otimizada não mais com crueldade rudimentar de tempos idos, porém, com tirania totalitária e sutileza cientificada, com mãos e laboratórios em universo oculto, com maldade refinada; evoluída. Com paramentos humanitários porém, maldade de Circe a feiticeira da Odisséia homérica, que recebia os desavisados convivas em seu palácio, com pomposa solenidade para desfrute de orgias, porém, com a força de sua feitiçaria transformava os em porcos, conservando a consciência humana.
O mesmo acontece com entretenimento e orgias virtuais, os quais, apesar de preservarem a forma humana, no íntimo amargam disrupção que os leva albergar o animal. Na verdade a “feiticeira” ressurgiu evoluída, cientificada, de maneira que sua estratégia não mais consiste em aprisionar almas em corpos de animais, mas, fazer com que por viés subliminar, o animal possua corpos humanos. Seu feitiço atual consiste na estupefação de almas, para que se tornem produto do profano comércio.
Os depoimentos de ex-funcionários das empresas do vale do silício na Califórnia afirmam que os mercadores digitais vendem internautas como mercadoria, ali os anunciantes são clientes, e usuários são o produto. A internet que se pensa desfrutar gratuitamente, transforma vidas em coisas do sinistro mercado virtual. O texto de Ap 18;13 denuncia o comércio babilônico de corpos e almas humanas. No Vale do Silício a barganha ressurge otimizada, imperceptível à inteligência. Salvaguardando-se as virtudes da tecnologia, não se pode ignorar seu aspecto tenebroso.
Todos aprenderam o clássico chavão: “O diabo é imitador de Deus” Entretanto, falham em compreender que assim como Cristo trabalha para transformar o ser humano à sua imagem, o imitador o faz no sentido inverso; para destruir. A única forma que a Babel cibernética possui para locupletar-se é modificar o que o ser humano é, o que faz, e o que pensa; para isso precisa rastrear, monitorar e manipular o público; coisificando-o. Os mercadores do vale digital negociam o futuro dos seres humanos.
Em sua estratégia sedutora se mostram protetores, prometendo sigilo através da política de “privacidade”, mas, o que fazem com os dados? Constroem modelos que preveem nossas ações, e usam arbitrariamente para manipular.
Tudo que se faz no mundo virtual, é registrado para editar e manipular o perfil dos enfeitiçados internautas, cujo histórico servirá para atormentar os que se deleitaram na permissividade virtual, ingenuamente acreditando que fosse sigiloso. Entretanto, se tornou um reality show que serve tanto de produto, quanto de orgia e diversão dos algozes digitais. “A tal política de privacidade se revelará exposição da intimidade e instrumento de chantagem, manipulação e tortura.
Segundo ex-diretores e funcionários que abandonaram definitivamente as redes sociais, afirmam que o mundo virtual trabalha com engano e falsidade em tudo que faz, com propósito de manipulação. A partir desta perspectiva é possível vislumbrar que a tecnologia está forjando mecanismo persuasivo, que usa inteligência artificial para minar a resistência psíquica, deletar a memória e entorpecer a consciência.
A tecnologia persuasiva foi criada para modificar o comportamento humano, forjando marionetes das máquinas e dos que se ocultam por detrás delas. Este império digital labora para implantar comportamento, e hábito inconsciente; por viés subliminar. Qual o propósito? Para que a cobaia permaneça programada num nível cada vez mais profundo, sem que possa perceber. Estes dispositivos artificiosos abarcam aquilo que a Bíblia chama de “profundezas de Satanás” (Ap 2;24).
Internautas com exceções, são cobaias zumbificadas, que algozes virtuais manipulam. Este engenhoso comércio da babel cibernética chegou ao extremo de coisificar e comercializar vidas. No contexto está escrito: “Pela abundância do teu comércio, teu coração se encheu de violência, e pecaste; pelo que te lancei, [Lúcifer] profanado, fora do monte de Deus” (Ez 28:16).
O mentor da nefasta transação, “comprou” com moeda falsa a terça parte dos anjos, no Céu. No Éden usou a mesma tática persuasiva, manipuladora, disruptiva que deletou a imagem divina das almas matando espiritualmente. Agora o audacioso projeto interditado em Babel ressurge otimizado na torre digital, como divindade virtual aparelhada para um reinado relâmpago, quando o deus as profundezas cruzará todos limites fazendo guerra contra o Deus Eterno, evento em que o incêndio divino será literalmente, um inferno na torre. O fogo de Armagedom queimará também a “Sodoma” cibernética, e um rio de sangue correrá sobre a Terra (Ap 14;20).

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