A Síndrome de Lúcifer caracteriza-se pela insatisfação em
todos os níveis e posições, e a necessidade de estar em evidência, de ser
protagonista; é a luxúria do ter, do prazer e do poder. É visível tanto no
contexto secular quanto religioso.
Esta natureza de coisas culminou com a queda do o Querubim
ungido até então, “sinete da perfeição”. A mais alta patente no governo de
Deus; não lhe satisfazia, pois, sendo “estrela" pretendia ofuscar o brilho
do Sol das Alturas; Deus. Isso foi a causa de sua queda para o abismo da
escuridão. (Ezequiel 28) portanto, fica evidente que a soberba gera
insatisfação e esta; a revolta. O problema desse mal é que a pessoa não usufrui
o que tem e passa sofrer por aquilo não tem, destarte não se desfruta o que
possui por estar aquém, tampouco aquilo que almeja porque está fora do alcance.
No caso do anjo caído, não obteve o “sonho de consumo”, mas o pesadelo que
consome.
De modo geral, toda humanidade está infectada com este mal que
é hereditário, visto que nossos ancestrais também foram contagiados à sombra da
“Árvore Proibida”. Alguns sintomas caracterizam-se pela incredulidade, orgulho
desmedido, o prazer desdobrado em sodomia, disputas que geram ódio, misticismo
patológico, doenças psicossomáticas, anomalias e congêneres.
No contexto cristão da era da ostentação é notória a
dificuldade de permanecer anônimo, e assim, há concorrência para se pôr em
evidência (ser estrela) em ativismos vários, trombeteando no espaço
cibernético. Para isso calcam aos pés hierarquia, ética e moral trazendo a
público um nefasto vendaval deitando por terra tudo que é capital (governo,
ordem, princípios). Esqueceram que de Cristo disse o profeta: “...Não
clamará, não se exaltará, nem fará ouvir a sua voz na praça” (Isaias 42;2)
Ou seja evitará ostentar-se; não fará propaganda. Como difere do
“cristianismo" da mídia! (...) E quanto à submissão o texto enfatiza: “...achado
na forma de homem, humilhou-se sendo obediente até à morte, e morte
de cruz.” (Filipenses 2;8)
De um modo geral, o mal dos que se dizem “do bem” é cobrar
pedágio quando praticam boas ações, de maneira que não fazem por bondade, mas,
por interesses; buscam a própria “gloria" os louvores admiração status
etc. Este é o amor de si, por si e para si. No contexto é importante considerar
o que disse Radha Krishna antigo líder hindu: “ama teu próximo como a ti
mesmo, pois 'tu' és teu próximo”. Apesar do sufixo “ismo” não é
cristianismo; é hinduísmo. Dá para entender as nuances da síndrome? A
terminologia, as palavras estão corretas, porém, o espírito está errado. (...)
Este mal caracteriza-se também, por aquilo que é aparente em
oposição ao VERDADEIRO. Na segunda carta de Paulo aos Tessalonicenses 2;4 diz
que o imitador “... se assentará, como Deus, no templo de Deus, querendo
parecer Deus. ” e sua sedutora oposição e resistência se dá pela imitação,
como faziam os magos de Faraó imitando os milagres de Deus, pelos poderes
ocultos (2ª Timóteo 3;8), Aparentemente era tudo igual, entretanto, era o
espírito das trevas. Portanto, devo policiar-me em relação ao engano do que é
aparente.
Todos que tem esse espírito buscam conscientes ou não, para
si, a glória de Deus. É o culto à personalidade, é Narciso caído ante o próprio
“esplendor”, porém, esquecem que o Senhor advertiu: “...a minha glória não
darei a outrem” (Isaías 48;11). Destarte, é possível entender que a
síndrome de Lúcifer resulta do desejo de imitar Deus exercendo autonomia em
relação a toda autoridade constituída, pois, “....não há autoridade que não
venha de Deus; e as que existem foram por Ele ordenadas" (Romanos 13;1)
Desrespeito à autoridade é típico da d'EMO-cracia, porém, se tratando da igreja
é insurreição luciférica.
Esta conspiração manifesta-se em todos segmentos existenciais,
dando sequência ao conflito iniciado alhures. A estátua do livro de Daniel
composta de ouro, prata, bronze, ferro e barro sendo esmiuçada por mão
invisível e levada pelo “vento” ilustra o fim que terá o poder globalizado
organizado contra Deus; visto que almeja o mesmo status. (Daniel 2;35) A
rebelião começou nas alturas arrastando anjos da luz para as trevas, do céu ao
inferno, atingiu o Éden adâmico e continua vergastando a humanidade, e
assolando a igreja, pela disputa, pela autonomia, pela democracia, falsas
doutrinas, insubmissão e invencionismos. Crentes engajados em ativismo
político, inclusive pleiteando cargos eletivos barganhando a vocação divina
pela secular. Seguem o caminho de Caim, movidos por ganância, precipitam-se no
erro de Balão e pecam na rebelião de Coré (Ler Judas v-11). No contexto importa
ressaltar que: a conspiração implica ação de combinar, maquinar algo,
secretamente com alguém, contra um terceiro, todavia, diante de Deus não há
segredo, como está escrito: “Tu sabes o meu assentar e o meu levantar; de
longe entendes o meu pensamento. Cercas o meu andar, e o meu deitar; e conheces
todos os meus caminhos. Não havendo ainda palavra alguma na minha língua, eis
que logo, ó Senhor, tudo conheces”. (Salmos 139:2-4) Portanto, não há como ocultar-se
de Deus.
A megalomania e idiossincrasia “absolutiza” o indivíduo,
relativiza a palavra de Deus e leva à auto divinização “caracterizando o pecado
do arqui-inimigo do céu. Essa insurreição é tríplice atentando contra
autoridade, contra o poder e contra santidade de Deus.
Como verdadeiro cristão preciso vigiar para não ser achado
combatendo como Saulo; “…contra os aguilhões” (Atos 9;5) Se este for o
caso, serei submetido à mesma prova, caindo do cavalo, sendo humilhado,
experimentando cegueira e finalmente, tendo que reconhecer Cristo no
“desprezível" Ananias, para abrir os olhos e ser transportado das trevas
para luz e do poder de satanás para o reino do filho do seu amor. (Atos 26;18)
e assim ser curado do mal luciférico ou rejeitar a graça de Deus me tornando
eternamente desgraçado; condenado como o diabo. Tudo depende de escolha, pois,
temos livre arbítrio. Se é que o chamado “Determinismo” existe, ele tem como
origem; A ESCOLHA que fazemos.
Esta síndrome torna o homem cego para Verdade; Cristo Jesus,
porém, defensor como Paulo da causa que julga justa; divina. Este perfil se
alinha ao cavalo branco e seu cavaleiro em Apocalipse capítulo seis, liderando
um contexto de desgraças conspirando e tomando o poder político e religioso
mundial trazendo guerra, miséria, fome e morte. e por fim, o Armagedom. Visto que a síndrome caracteriza-se pela insubmissão a Deus e demais
autoridades, o remédio implica, colocar-se na completa dependência do Senhor
Eterno. Na “receita” contra esse mal está escrito: “Sujeitai-vos, pois, a
Deus, resisti ao diabo, e ele fugirá de vós. Chegai-vos a Deus, e ele se
chegará a vós. Alimpai as mãos, pecadores; e, vós de duplo ânimo, purificai os
corações. Senti as vossas misérias, e lamentai e chorai; converta-se o vosso
riso em pranto, e o vosso gozo em tristeza. Humilhai-vos perante o Senhor, e
ele vos exaltará.” (Tiago 4:7-10)
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