07/01/2020

CACODAEMONS - Biblicamente é indiscutível a existência do mal. Filosoficamente ou na prática, não é difícil provar sua existência, difícil é definir, identificar sua origem ontológica, metafísica ou espiritual.

“Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não sede conformados com este mundo, mas sede transformados pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” (Romanos 12:1,2)
Biblicamente é indiscutível a existência do mal. Filosoficamente ou na prática, não é difícil provar sua existência, difícil é definir, identificar sua origem ontológica, metafísica ou espiritual. Entretanto, devido o fato que na atualidade poucos são capazes de ler um texto extenso, ficaremos apenas no contexto bíblico do tema.
Os gregos acreditavam em um espírito bom denominado “Eudaimon” seu oposto denominavam “Kakodaemon”. Não há necessidade de discorrer sobre os demais sentidos que aplicavam a este contexto, pois, para o momento basta entendermos que exite uma natureza de espíritos bons e maus, e consequentemente uma mente voltada para o bem, outra para o mal.
Depois que Adão e Eva pecaram passaram conhecer o mal, este termo implica ter relação, pois é este o sentido bíblico. O texto sagrado diz: “conheceu Adão sua mulher, e ela concebeu e deu à luz Caim” (Gênesis 4;1) portanto, conhecer é mais que abstração intelectual, é relacionamento íntimo; comunhão. Após o pecado, o homem possui tanto o potencial para o bem, quanto para o mal, entretanto não tem poder para rejeitar a este, tampouco, para fazer o bem. Por isso o apóstolo expressou: “Miserável homem que eu sou! Quem me livrará do corpo desta morte? (Romanos 7:24) Ele mesmo responde: “Dou graças a Deus por Jesus Cristo nosso Senhor. Assim que eu mesmo com o entendimento sirvo à lei de Deus, mas com a carne à lei do pecado.” Romanos 7:25
Nos Estados Unidos um prisioneiro de alta periculosidade, em condenação perpétua confessou que era compulsivamente “tomado” pelo desejo maligno, contra o qual, nada podia fazer. Entretanto, pelo prisma científico os tais sofrem de “transtornos de personalidade ou psicopatia”. Incrivelmente observa-se que muitos criminosos quando abordados, servem-se deste subterfúgio para se safar. Destarte, o tratamento psicológico, ou psiquiátrico toma o lugar da justiça. Isso os deixa em estado confortável para continuar com sua “psicopatia” praticando toda sorte de males impunemente.
Todos somos eventualmente maus, outros são sua personificação, e tudo isso pesa sobre o coração, e com estes pesos a alma fica impedida de subir, e a tendência é ir para baixo, na dimensão abissal, da qual, a Bíblia diz no livro de provérbios 15;24 “Para o entendido o caminho da Vida é para cima, para que se desvie do inferno que está em baixo”
Após a queda do homem, o mal se tornou congênito, tanto em relação às cargas genéticas, quanto nas dimensões espirituais e isso inclui os “espíritos familiares” dos quais falou o profeta Isaías capítulo 8;19. Entretanto, este aspecto do mal inerente ao ser humano no conceito freudiano, coloca a pessoa como vítima. O mesmo faz Carl Jung com seus “padrões arquetípicos”, o complexo de Édipo, o rei, etc. Todos defendem a ideia do ser humano antes vítima, do que responsável por sua maldade. Isso é igualmente, outra forma de patrocínio do mal.
Quase todas as religiões e crenças apresentam uma imagem do mal, da forma como entendem. E para acabar com ele somente uma batalha cataclísmica. No passado houve o dilúvio, do qual escaparam apenas oito almas (1ª Pedro 3;20). E no futuro haverá uma guerra sem precedente denominada ARMAGEDOM (Apocalipse 16;14-16), quando o sangue vai correr na altura do freio dos cavalos, por uma extensão de mil seiscentos estádios (Apocalipse 14;20). Entretanto, este é apenas o desfecho de uma batalha que se trava na MENTE HUMANA, e convém ressaltar que existe uma mente subjetiva, e outra universal do mal, assim como do bem. Esta última depende de termos a "mente de Cristo" (1ª Coríntios 2;16), que conduz à bem-aventurança eterna, enquanto aquela leva à eterna maldição.
Não obstante a histórica separação entre ciência e religião ter acontecido no ocidente a partir do século XV, aquela continua invadindo o território da fé escamoteando a verdade, através de uma abordagem da dimensão espiritual pelo prisma da física quântica, tema que não será abordado aqui por que estou na condição de leigo sobre o assunto, entretanto, a carta magna ensina "comparar as coisas espirituais com as espirituais" (2ª Coríntios 2;13), para uma leitura e interpretação correta, coisa que a pseudociência despreza por ser recomendação bíblica. Trata-se de uma religião travestida de ciência, o que a verdadeira ciência condena. Este é também mais um artificio maligno, sob camuflagem de pós, graduados, com abrangência quadridimensional.
Resta que Adão e Eva não conheciam o mal, até provarem o fruto proibido, ou seja: transgredir contra Deus. O único meio de evitar um fim cataclísmico é pelo MILAGRE da SALVAÇÃO em JESUS CRISTO. O maior dos prodígios é a transformação da mente humana. Será que alguém deseja, pelos padrões bíblicos? A dificuldade se agiganta em um mundo ensinado a ser autônomo, independente, dando vazão aos instintos e desejos como se fossem lei universal, não obstante, serem respectivamente subjetivos, porém, andar por fé exige completa dependência do único que pode nos guiar até a Jerusalém futura e à felicidade eterna. No texto introdutório somos exortados: “...TRANSFORMAI-VOS PELA RENOVAÇÃO da vossa MENTE...” Sem isso estaremos sucateados, espiritualmente mortos, separados de Deus, infelizes e na condição de cacodaemons à mercê das hostes do mal.

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