16/02/2020

CORES DO CISNE - Na iminência do fim dos tempos até mesmo a linguagem mitológica aponta para o fim trágico. A nuance dos Cisnes está associada às tragédias cujos sinais prefaciam.


Fim trágico

Nas últimas décadas tem sido grande a incidência de eventos fora da curva, tanto consideráveis quanto desastrosos, tanto de evolução científica e tecnológica, quanto de corrupção e decadência moral. O filme mostrou até a “Quinta Onda”, entretanto, apesar de intermitentes, elas não cessam. Coisas dessa natureza, podem ser entendidas como parte do arrefecimento da luz que culminará com o blackout descrito no livro de Atos: “O sol se tornará em trevas e a lua em sangue, antes que venha o grande e glorioso Dia do Senhor” (At 2;20)

 

Existe um conceito criado pelo filósofo Nassim Taleb, denominado “Cisne Negro” referindo-se a evento de extrema raridade, que provoca impacto fazendo a humanidade olhar em retrospecto tentado ligar fatos buscando explicação entretanto, elas não existem, visto se tratar de algo sem precedente.

 

A crise financeira global incalculável resultante de tais eventos, têm a silhueta dessa “ave”. Na atualidade seu grito soturno e bater de asas causa espanto, entretanto, a sofística tenta acalmar os ânimos, atribuindo tudo a fatores naturais, porém, sonham refugiar-se fora da Terra; vide projeto de colocar até 2050, um milhão de habitantes em Marte. Eis aqui mais um evento “fora da curva” que se alinha com o apagar das luzes, interplanetário. É Babel chegando no céu. (Gn 11;4) Se acreditassem que a Terra não sofrerá impacto maior que o dilúvio, não estariam tentando fugir daqui.

 

Parece mesmo que o planeta sente a síndrome dessa “ave” sinistra, que muda de cor de acordo com o contexto. Recentemente, o Bank for International Settlements conhecido como “banco dos bancos centrais”, com sede na Suíça, publicou o livro The green swan (O cisne verde), referindo-se à perspectiva de uma crise financeira mundial causada pelas mudanças climáticas. Esta figura outra vez se alinha aos “sinais embaixo na terra” (Lc 21;19).

 

Em grande parte dos mitos e culturas, o cisne branco está associado à pureza e à luz, enquanto que o de cor escura ao oculto. Entretanto essa relação é meramente mitológico paganista, não obstante sua relação com valores eternos é mera camuflagem e distorção dos mesmos, afinal, segundo o livro sagrado a ave que representa o santo, a pureza e a paz é a pomba, que é um dos símbolos do Espírito, acerca do qual está escrito: “E, logo que saiu da água, viu os céus abertos, e o Espírito, que como pomba descia sobre ele. (Mc 1:10)

 

Tendo na água um arquétipo da potencialidade, do inconsciente, dos sonhos, do imaginário, enfim, das profundezas da alma em sua complexidade, é válido considerar que o “canto do cisne”, que segundo a crença era seguido de sua morte, aponta para esse fim. Mesmo na simbologia do mito, que diverge da Bíblia, se faz ouvir a melodia fúnebre indicando falência e morte devido o envenenamento das águas, que em figura representam a humanidade com sua crença e filosofia. “As águas que viste, onde se assenta a prostituta, são povos, e multidões, e nações, e línguas” (Ap 17:15).

 

A figura lembra a fábula do feiticeiro que no objetivo de destruir um reino colocou poção mágica no poço onde todos bebiam. Quem tomasse aquela água, ficaria louco. Na manhã seguinte, a população inteira bebeu, e enlouqueceram.  O rei, que tinha poço exclusivo, onde o feiticeiro não podia entrar, tentou controlar a população. Baixou medidas de segurança e saúde pública, mas, não havia mais inspetores, até o Supremo Tribunal, havia bebido água. O mesmo se aplica à humanidade, que bebe desde o Éden do conhe-cimento do bem e do mal passando a ter a loucura como ideal.

 

O Criador que detém a fonte da água da Vida, se fez semelhante aos homens, porém o reputaram indígno (Is 53;1-4) muitos diziam: “Tem demônio, e está fora de si; por que o ouvis?” (Jo 10:20). Destarte, todos rejeitaram a Água da Vida, entretanto, Ele enfatiza ainda hoje junto ao poço: “aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna.” (Jo 4:14)

 

A figura e nuances do cisne caracterizam mais um sinal da iminência de tragédias “fora da curva”, que deveriam servir como alerta aos que rejeitam a Água da Vida e preferem o “poço do feiticeiro” cuja loucura trouxe a morte não apenas do ecossistema mas, em todo sistema Solar. Os que rejeitaram a Água da Vida beberão do poço das águas letais. “... a terça parte das águas tornou-se absinto, e muitos homens morreram das águas, porque se tornaram amargas. (Ap 8;10,11) Chama atenção que na figura da ave, jamais se falou sobre o “cisne” vermelho (pecado – Isaías 1;18) responsável por toda desgraça da terra e pela morte eterna.

 

Este de plumagem carmesim precede a “Quinta Onda” que segundo o filme inclui a invasão de alienígenas (demônios) para destruição da humanidade. Não será este o prefácio do Armagedom? Se este for o caso convém ouvir o alerta do Senhor que diz: “Escapa-te por tua vida; não olhes para trás e não pares em toda esta campina; escapa lá para o monte, para que não pereças” (Gn 19:17).

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