11/02/2020

EMOS DA FÉ - No contexto dos que professam fé em cristo causa estranheza os que se orientam pelos sentidos e seguem espírito diferente


Fé a Partir dos Sentimentos
No Contexto, daqueles que professam fé em Cristo com ênfase na espera do “noivo”, há os que, se orientam pelos sentidos e seguem espírito que difere do Espírito Santo contrariando Cristo em princípio. Estes, são antes traidores que amigos do Noivo. (João 3;29)

O título acima pode parecer controverso, excêntrico e caricato, todavia se assim for, terá alcançado seu objetivo; trazer à luz, chamar atenção e exortar que a “fé” em certos redutos contraria o princípio bíblico. Para isso, tomemos como pano de fundo o romantismo cultural da Europa, que teve início no século XVIII. Este movimento nasceu como resposta à parcialidade do Iluminismo filosófico, que pressupunha unificar o conhecimento e “iluminar” o mundo através da razão deixando de lado as demais instâncias do ser.

Os românticos saturados da esterilidade do culto à razão no que tange às necessidades da alma colocaram em seu lugar: “sentimento, imaginação, experiência e anseio”. Logo em seguida, o romantismo que era corrente secundária, transformou-se em veio principal da vida cultural alemã. Portanto, saíram de um nível superior de conhecimento e regressaram à bimilenar Caverna Platônica, atmosfera perfeita para o perfil Emo, da falta de conhecimento que prefere viver a ilusão das sombras, visto que não suportam a luz, tanto é que os tais, não atinavam com a lei e a ordem que lhes era desafeto, de maneira que o ético se apagava por detrás do estético. E no contexto cristão a palavra de Deus cede lugar às inovações.

Sobre os românticos culturais, algumas peculiaridades importa mencionar. Eles sentiam forte atração pela noite, pelo crepúsculo, por antigas ruínas. Nutriam fissuração pelo chamado “lado escuro da vida” o obscuro, o misterioso o místico, e ainda; nutriam anseio pelo longínquo, pelo inatingível tendo o incerto como força motriz e utopia como objeto. Outra coisa importante é que eles morriam ainda jovem, tinham vida curta, outros suicidavam-se, e os que passavam dos trinta anos deixavam de ser românticos e aderiam à burguesia, que em sua juventude consideravam inimigos “Filisteus” Tudo isso, em parte porque optaram por se regerem pelo que lhe diziam os sentidos e desprezavam a realidade e a consciência. É possível traçar um paralelo entre românticos e os Hippies que os sucederam e posteriormente os Emos que são uma inovação daqueles.

Emo, refere-se a cultura alternativa ou estilo de vida, que envolve música rock e também o visual caracterizado pelo uso de roupas pretas, coturnos pretos até os joelhos e demais acessórios. Este perfil é lembrado por seu aspecto emocional hipersensível, que gera confusão. Portanto, Emo se destaca pelo alternativo notadamente sentimentalista, cujo comportamento estratosférico gera comoção e apreensão. É uma forma de ser; não sendo (…) Isto de igual forma se aplica a muitos que professam fé cristã, entretanto, permanecem entenebrecidos, regidos pelo “sentir” sendo reféns no império dos sentidos regidos por obscurantismo. Por outro lado, a indumentária escura contrasta espiritualmente com as vestes da salvação: “o que vencer será vestido de vestes brancas, e de maneira nenhuma riscarei o seu nome do livro da vida; e confessarei o seu nome diante de meu Pai e diante dos seus anjos”. (Apocalipse 3:5).

Este perfil “cristão”, esquece que na Bíblia que carrega está escrito: “…andamos por fé e não por vista” (2ª Coríntios 5;7) afinal, sentimento e emoções são uma forma de manifestação (vista). Teríamos esquecido que não vivemos por emoções, tampouco pelos sentimentos, mas, pela fé? Se não sentir “arrepio” significa que não é o Espírito Santo (...) Aquele que associou sua fé à dimensão sensível, tem uma perspectiva e um perfil espiritual doentio e equivocado, sua crença está desviada, para si mesmo. Neste caso é uma fé de si, em si e para si. Este d’eus, é um ídolo do coração, que muitos seguem e pregam: “se você não ‘SENTIR’ no coração; não é de Deus.” Entretanto, a palavra de Deus enfatiza: “enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso…” (Jeremias 17;9) Pergunta: Deus escolheria a sede dos maiores enganos para se manifestar? Acredito que não, pois, o Senhor não é Deus de CONFUSÃO.

É comum ouvir esse perfil de crente falar: “não sinto mais a presença de Deus” “não sinto vontade de orar, de ler a Bíblia”. “Que saudade do primeiro amor. Acho que perdi a fé” etc. Todas estas coisas se manifestam no “SENTIR”. Porém, a fé não depende do sentimento, do emocional, do imaginário da sensação e congêneres. A fé não se perde; ELA SIMPLESMENTE É…! Qualquer que afirme que “perdeu a fé”, na verdade nunca teve fé real; estava seguindo o engano. Deus não quer que olhemos para o que sentimos. O Ego sim, pode querer isso, e satanás também. Deus quer que observemos os FATOS não as emoções; a realidade de Cristo e a obra perfeita que realizou por nós na cruz. Quando olhamos para este fato e cremos, simplesmente porque Deus diz que é real, Ele toma conta de nossos sentimentos e emoções e os coloca em seu devido lugar; em submissão à verdade, Jesus Cristo.

Disse um patriarca da Fé: “A única maneira de conhecer fé vigorosa é suportar GRANDES AFLIÇÕES, convictos de que quando tudo falha, é HORA DE CONFIAR.” E conclui: “Não temas, crê somente…! Se o temor nos assalta, olhemos para cima dizendo: “No dia em que eu temer, hei de confiar em ti” Ainda agradeceremos a Deus pela escola do sofrimento, que é; A ESCOLA DA FÉ. Portanto, independente do que sentimos, a Fé deve permanecer. No contexto é necessário dar voz ao que disse certo escritor: “As forças espirituais não podem operar, enquanto as forças terrenas estiverem em atividade” E as emoções, anseios sentimentos e seus genéricos são aliados dos poderes terrenos, atuantes nos Emos da fé.

Para finalizar importa refletir sobre o que disse o profeta Habacuque sobre confiar sem ver, e sem ter; a única posse era fé em Deus...! “Porque ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja gado; Todavia eu me alegrarei no Senhor; exultarei no Deus da minha salvação. Senhor Deus é a minha força, e fará os meus pés como os das cervas, e me fará andar sobre as minhas alturas” (Habacuque 3:17-19)

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