26/12/2019

EMOS DA FÉ - O tema pode denotar excentricidade entretanto, o objetivo é chamar atenção que a "Fé", em certos redutos contraria o princípio bíblico.

Recentemente esta página veiculou uma matéria denominada “Crentes Românticos”, numa alusão ao apego passional à ideologia canhota, daqueles que professam fé em Cristo. Enfatizam que esperam o “noivo”, entretanto, nutrem paixão e seguem um espírito que difere do Espírito Santo e contraria Cristo em princípio. Estes, são antes traidores que amigos do Noivo. (João 3;29)
O título acima pode parecer controverso, excêntrico e caricato, todavia se assim for, terá alcançado seu objetivo; trazer à luz, chamar atenção e exortar que a “fé” em certos redutos contraria o princípio bíblico. Para isso, tomemos como pano de fundo, o romantismo cultural da Europa, que teve início no século XVIII. Este movimento nasceu como resposta à parcialidade do Iluminismo filosófico, que pressupunha unificar o conhecimento e “iluminar” o mundo através da razão deixando de lado as demais instâncias do ser. Os românticos saturados da esterilidade do culto à razão no que tange às necessidades da alma colocaram em seu lugar: “sentimento, imaginação, experiência e anseio”. Logo em seguida, o romantismo que era corrente secundária transformou-se em veio principal da vida cultural alemã. Portanto, saíram de um nível superior de conhecimento e regressaram à bimilenar Caverna Platônica, atmosfera perfeita para o perfil Emo, da falta de conhecimento, que prefere viver à ilusão das sombras, visto que não suportam a luz

Sobre os românticos culturais, algumas peculiaridades são importante mencionar. Eles sentiam forte atração pela noite, pelo crepúsculo, por antigas ruínas. Nutriam fissuração pelo chamado “lado escuro da vida” o obscuro, o misterioso, o místico e ainda; nutriam anseio pelo longínquo, o inatingível. Outra coisa importante é que morriam ainda jovens tinham vida curta, outros suicidavam-se, e os que passavam dos trinta anos deixavam de ser românticos e aderiam à burguesia, que em sua juventude consideravam inimigos “Filisteus” Tudo isso, em parte porque optaram por se regerem pelo que lhe diziam os sentidos e desprezavam a realidade e a consciência. É possível traçar um paralelo entre, românticos e os Hippies que os sucederam, e posteriormente os Emos.
Emo, refere-se a cultura alternativa ou estilo de vida que envolve música rock e também, o visual caracterizado pelo uso de roupas pretas, coturnos pretos até os joelhos e demais acessórios. Este perfil é lembrado por seu aspecto emocional hipersensível, que gera confusão. Portanto, Emo se destaca pelo alternativo notadamente sentimentalista, cujo comportamento estratosférico gera comoção e apreensão. É uma forma de ser; não sendo (…) Isto de igual forma se aplica a muitos que professam fé cristã, entretanto, permanecem entenebrecidos, regidos pelo “sentir”; são reféns no império dos sentidos, regidos por obscurantismos.
,Os tais, esquecem que na Bíblia que carregam está escrito: “…andamos por fé e não por vista” (2ª Coríntios 5;7) afinal, sentimento e emoções são uma forma de manifestação (vista). Teríamos esquecido que não vivemos por emoções, tampouco pelos sentimentos, mas, pela fé? Se não sentir "arrepio" significa que não é o Espírito Santo (...) Aquele que associou sua fé à dimensão sensível, tem uma perspectiva e um perfil espiritual doentio e equivocado, sua crença está desviada para si mesmo. Neste caso é uma fé de si, em si, e para si. Este d’eus, é um ídolo do coração que muitos seguem e pregam: “ se você não ‘SENTIR’ no coração; não é de Deus.” Entretanto a palavra de Deus enfatiza: “enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso…” (Jeremias 17;9) Pergunta: Deus escolheria a sede dos maiores enganos para se manifestar? Parece pouco provável, pois, o Senhor não é Deus de confusão
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É comum ouvir esse perfil de crente falar: “não sinto mais a presença de Deus” “não sinto vontade de orar, de ler a Bíblia. Que saudade do primeiro amor. Acho que perdi a fé, etc..” Todas estas coisas se manifestam no “SENTIR”. Entretanto, a fé não depende do sentimento, do emocional, do imaginário da sensação e congêneres. A fé não se perde; ELA SIMPLESMENTE É…! Qualquer que afirme que “perdeu a fé”, na verdade nunca teve fé real; estava seguindo o engano. Deus não quer que olhemos para o que sentimos. O Ego sim, pode querer isso e satanás também. Deus quer que observemos os FATOS não as emoções; a realidade de Cristo e a obra perfeita que realizou por nós na cruz. Quando olhamos para este fato e cremos simplesmente porque Deus diz que é real, ele toma conta de nossos sentimentos e emoções e os coloca em seu devido lugar; em submissão à verdade, Jesus Cristo.
 Disse um patriarca da Fé: “A única maneira de conhecer fé vigorosa é suportar GRANDES AFLIÇÕES, convictos de que quando tudo falha, é HORA DE CONFIAR." E conclui: “Não temas, crê somente…!" Se o temor nos assalta, olhemos para cima dizendo: “No dia em que eu temer, hei de confiar em ti” Ainda agradeceremos a Deus pela escola do sofrimento, que é; A ESCOLA DA FÉ. Portanto, independente do que sentimos, a Fé deve permanecer. No contexto é oportuno dar voz ao que disse certo escritor:  "As forças espirituais não podem operar, enquanto as forças terrenas estiverem em atividade” E as emoções, anseios sentimentos e seus genéricos são aliados dos poderes terrenos, atuantes nos Emos da fé. 
Para finalizar importa refletir sobre o que disse o profeta Habacuque sobre confiar sem ver, e sem ter; a única posse era fé em Deus...! “Porque ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; ainda que decepcione o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não haja gado; Todavia eu me alegrarei no Senhor; exultarei no Deus da minha salvação. Senhor Deus é a minha força, e fará os meus pés como os das cervas, e me fará andar sobre as minhas alturas" (Habacuque 3:17-19)

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