Na atualidade há uma obsessão apoteótica por celebridades
fomentada e difundida por grande alarido de mídia, a qual, para despeito da
Fund
ação Roquete Pinto trabalha não mais para educar, mas, para embrutecer,
prostituir e alienar o público desavisado; faz o trabalho semelhante ao
encantador de serpentes.
O culto à celebridade vem desde tempos remotos quando
reverenciavam deuses, semideuses, heróis, imperadores, reis e etc. Porém, na
atualidade é um frenesi por atores, apresentadores de TV, músicos, jogadores de
football e outros que estão em evidência, o que caracteriza tietagem em
diferentes graus de histerismo denotando esquizofrenia.
Nessa obsessão pelas “estrelas” existe o tipo que acompanha
os passos do ídolo meramente por “entretenimento”; sem apego afetivo, depois os
que se consideram “amigos” dos ídolos, os quais sofrem com seus revezes e
deliram com seus arroubos. Neste caso o apego caracteriza um vício. A síndrome
tem estágio inda mais avançado e perigoso. Nele se enquadram os “tietes” que
topam qualquer coisa em nome de seu “herói”, inclusive arriscar a vida.
Por detrás do espectro da celebridade, está o desejo de ter,
do prazer, do poder, auto exaltação e possivelmente um espírito temulento.
Nesse frenesi está implícita também a ideia da “divinização” humana, conforme
sugerido debaixo da árvore do conhe-CIMENTO (Gênesis 3;5), a qual é desejada e
desesperadamente perseguida pelo ser humano, consciente ou não. Aquele que não
alcança fama no caminho da boa ou da má reputação, se satisfaz com algum tipo
de identificação ou proximidade com seu “herói”.
A origem dessa “onda gigante” precede à existência humana e
remonta ao “Jardim das Pedras Afogueadas” (Ezequiel 28;13-16). O desejo de fama
daquele Querubim chega ao extremo de pretender sobrepujar a posição e Glória de
Deus (Isaías 14;12-14). Esta famigerada “celebridade” arrastou consigo um
número expressivo de anjos, porém, seu desvario resultou em abissal precipitação.
Na passagem supra, o profeta faz sarcástica observação ao famigerado anjo
dizendo: “Como caíste do céu, ó ‘estrela’ da manhã, filho da alva!” (v-12))
Após sua queda do supremo jardim, visitou o Éden adâmico,
disseminando a ideia de “celebrização” humana, a qual consiste em “ser como
Deus" (Gênesis 3;5). Uma vez aceita a petulante ousadia, de igual forma
resultou na queda e desgraça humana, que perdeu a célebre imagem de Deus.
Todavia, mesmo caídos, os humanos continuaram perseguindo posição, glória
(fama) e poder.
Os “famosos” são cultuados desde tempos idos, conforme
relatado em Gênesis 6;4 a existência de homens que se agigantaram e alcançaram
renome, foram reverenciados e admirados por sua reputação e poder. Porém,
aquele estado coisas resultou no grande dilúvio e a quase extinção da
humanidade. Os pós diluvianos também conheceram sua celebridade na pessoa de
Ninrode, o qual liderou e seduziu a humanidade da época e entrou para história
na alucinada construção de Babel, quando Deus dispersou seus admiradores na
confusão das línguas. (ver Gênesis 10;9,10 e 11;1-9)
Com base nesse pano de fundo histórico é coerente afirmar
que a obsessão por celebridades engrossa esse "rabo de cometa" que
despencou das Alturas, arrastando anjos e segue seu curso arrebatando incautos,
que não percebem seu disfarce, para ser adorado de qualquer forma afinal, sua
primeira dissimulação teve como cobaia a serpente, através da qual induziu
ancestrais humanos se curvarem a ele, enquanto em sua estultícia pensavam se
tornarem célebres. Portanto, este precedente é suficiente para dar a ideia do
efeito dominó de seu embuste. Qualquer que se vê refletido no ídolo, perdeu ou
abriu mão de sua identidade e certamente por viés semelhante, muitos se sentem
no “corpo errado”. Isso pode ser o reverso da medalha do fato ocorrido no Éden,
quando aconteceu o primeiro caso de uma entidade expressar-se em um corpo
estranho; um anjo caído em uma serpente. Que estranho “cavalo!”
Não é em vão que o espírito das trevas escolheu a víbora
para se esconder, visto que o animal é desprovido de audição e assim, pode ser
induzida pela habilidade mimética. Exemplo? o “bicho-folha” é confundido com a
folha. O que desperta a curiosidade do réptil é o movimento que o encantador
faz com a flauta. Se ele executar qualquer gesto com as mãos, a cobra ficará
interessada do mesmo jeito. Outro artifício que ajuda no “sucesso” da
apresentação, segundo especialistas, consiste no fato que os “encantadores”
também passam urina de rato na ponta da flauta, o que atiça o faro da naja e
ajuda manter sua atenção fixa no instrumento.” Parece que a tietagem resulta de
algum estranho “odor” que causa histeria ou destreza na arte de iludir. Visto
por este prisma faz sentido o velho ditado, “me engana que eu gosto!”.
Para encerrar, algo precisa ser dito sobre idolatria. O tema
é complexo, mas, devido o fato que poucos conseguem ler um texto abrangente, é
necessário dizer de forma sucinta tendo a Bíblia como base. Um episódio
ocorrido em Atenas no tempo do apóstolo Paulo, no capítulo 17 do livro de Atos
dos Apóstolos traz significativa compreensão. Havia extremada religiosidade
entre os gregos que causou inquietação ao servo de Deus. No contexto da Grécia
antiga se pode afirmar que adoravam o que não conheciam, pois o texto diz: "...
estando Paulo no meio do Areópago, disse: Homens atenienses, em tudo vos vejo
um tanto supersticiosos; Porque, passando e vendo vossos santuários, achei
também um altar que estava escrito: AO DEUS DESCONHECIDO. Esse, pois, que vós
honrais, não o conhecendo, é que vos anuncio.” (Atos 17:22,23)
Portanto, com base nesta passagem é plausível concluir que
idolatria, culto à celebridades e congêneres implica no fato intrigante que
mesmo que o adorador, viva e respire a “coisa” mesmo assim, não conhece o
objeto de sua adoração afinal, “conhecer” implica intimidade. O mesmo se aplica
aos ídolos da atualidade; visto que os idólatras são como a serpente surdas
iludidas pelo malabarismo e pelo “cheiro” do encantador. Os tais, são atraídos
por miragens e vivem uma angustiante e avassaladora estiagem; morte espiritual.
Visto pelo prisma irônico a idolatria é uma paixão cega semelhante à formiga
apaixonada pelo elefante suplicando ao amado: “ME PISA, ME ESMAGA, ME MATA...!”
Não dá pra negar que é romântico, mas é igualmente trágico.
Por outro lado, o VERDADEIRO HERÓI que deu sua vida por
todos, - fazendo-se maldição” (Gálatas 3;13) para resgatar o ser humano da
condenação e morte eterna, não é celebrizado, mas, rejeitado e ignorado pela
maioria dos seres humanos. Estranhamente o idólatra entrega a vida à idolatria,
mas, não se entrega a CRISTO para ter VIDA. Como diria Boris Casoy: “Isso é uma
vergonha!”.
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