20/12/2019

COMPLICAÇÕES DA LÍNGUA


Há situações em que dispomos do conteúdo porém, faltam palavras e há casos quando as palavras são abundantes entretanto, falta conteúdo .
Aqui, o termo “Falar demais” difere de, “falar o que não deve” principalmente a verborreia, que cheira mal devido alto grau de fermentação, capaz de contagiar o ambiente bem como os que nele estão. São aqueles que não refletem sobre o assunto, vão logo despejando nos ouvidos alheios tudo o que lhes vem a mente. Não costumam ponderar, sobre implicações e consequência do que é dito, de maneira que "falam pelos cotovelos" inadvertidamente e com a naturalidade de quem se livra de uma
necessidade fisiológica.
Curiosamente Deus fez o ser humano com uma boca e dois ouvidos; não seria isso indício que é prudente ser antes ouvinte que falante? Não é sem razão que encontramos inúmeros textos exortando o ouvir: “Na verdade, na verdade vos digo que, quem OUVE minha palavra, e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, e não entrará em condenação, mas, passou da morte para a vida”. (João 5:24) "Bem aventurados os que OUVEM…" (Apocalipse 1;3) etc.
A sabedoria não consiste simplesmente em dizer tudo o que se pensa, mas, pensar tudo o que se diz e SER é melhor que parecer pois, diz o dito popular sobre o tema “O que tu és fala tão alto, que não consigo ouvir o que dizes”. Portanto, antes de se deixar impressionar por aquilo que alguém diz, é necessário a prudência de observar primeiro, o que ele faz.
Pessoas prolixas frequentemente criam dificuldades; para si e para outros, mas dificilmente aprendem. Neste caso seria importante doutrinar e habituar-se a usar quando necessário o termo; NÃO SEI. Ou consequentemente aprenderemos na prática o significado do provérbio chinês que diz “A palavra na minha boca é minha escrava, porém, a que deixo escapar será minha senhora”.
Finalmente, o Apóstolo Tiago diz “Se alguém não tropeça em palavra, o tal é perfeito, e poderoso para também refrear todo o corpo. Ora, nós pomos freio nas bocas dos cavalos, para que nos obedeçam; e conseguimos dirigir todo o seu corpo. Vede também as naus que, sendo tão grandes, e levadas de impetuosos ventos, se viram com um bem pequeno leme para onde quer a vontade daquele que as governa. Assim também a língua é um pequeno membro, e gloria-se de grandes coisas. Vede quão grande bosque um pequeno fogo incendeia. A língua também é um fogo; como mundo de iniquidade, a língua está posta entre os nossos membros, e contamina todo o corpo, e inflama o curso da natureza, e é inflamada pelo inferno. (Tiago 3:2-6)
Portanto, a prudencia aconselha falar quando necessário de preferência, o que é edificante e transmite coisas boas desde que, também sejamos praticantes do bem. Todavia, vale lembrar que atitudes falam mais que palavras e jamais esquecer que ouvir é virtude dos sábios, pois, há tempo de falar e tempo de estar calado. Em dados momentos só se deve proferir palavras quando estas forem mais sábias que o silêncio.

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