08/01/2021

SEM “SACO” PARA VELHO! Declarações dessa natureza revelam descontrole em grau elevado, de ódio ideológico que em seu indômito radicalismo chega ao disparate de jogar fora o bebê com a água do banho.

Veicula nas redes sociais um áudio que extravasa ódio, e grita impropério contra os idosos. Um trecho do furioso desabafo diz: “Quando começou o covid – eu pensei: lindo, maravilhoso, vai morrer um monte de velhos. Velhos são machistas, racistas, reacionários, conservadores, e o PT vai se reeleger. Eu acho ótimo porque eu não tenho nenhuma afinidade com velho, não tenho saco pra gente velha, da direita, quanto mais pessoas morrerem de covid, melhor”.
Sem fazer apologia tampouco repúdio ideológico, apenas breve reflexão sobre esta natureza de manifestação, que revela ira contra a consciência, a voz secreta da alma. Afinal, segundo o conceito psicológico, “o outro, implica sempre consciência de algo ou de alguma coisa”. Esta é a fúria; a verdade objetiva, da qual o subjetivo não pode escapar.
Este fato constata-se em sentido geral, mas pode-se exemplificar no futebol envolvendo clubes e torcidas rivais, os quais sempre odeiam o status e reconhecimento público do outro, justamente por desejá-lo para si. Isso revela a casuística de Caim que não conseguia lidar com o fato que Abel, seu irmão, gozava de boa reputação aos olhos de Deus, devido sua pureza de alma. Por esta razão, preferiu apagar esta concorrência abreviando sua vida revelando o cúmulo da intolerância.
O problema não incide sobre ser diferente, mas sobre o fato que a consciência da existência do outro, diferente de “si”, incomoda e desperta a consciência “voz de Deus” que a alma alucinada não deseja ouvir, e envida qualquer esforço para silenciá-la; mesmo pelo homicídio, pelo suicídio, e se fosse possível; pelo deicídio.
O mesmo acontece com ideologias, com o agravo que tem um segmento que não se conforma em seguir sua linha de pensamento, entretanto deseja ser único, e para isso, forjam meios hediondos de deturpar, deformar, adulterar e apagar a história, e “resetar” o mundo para eliminar o outro, que é seu desafeto e dor de consciência; seu casuísmo casmurro.
A expressão “não tenho saco para velho” incide diretamente sobre a consciência da realidade que ninguém poderá fugir, a não ser que prefira morrer na juventude. No contexto, não ter “saco” implica não estar disposto, não ter vontade, afinidade, paciência, tolerância caracterizando rejeição.
A expressão contém a psicologia que trai o manifestante revelando a decrepitude que tenta camuflar; o fato que já se reconhece como velha! Visto que é herdeira da velha árvore do conhe-cimento do bem e do mal, que conduz à morte eterna, a qual preferiu, em lugar da Árvore da Vida que lhe daria; Eterna Juventude.
Portanto, aquele que tem esta compreensão não se ofende com manifestações desta natureza, pelo fato que mesmo habitando um corpo envelhecido goza de uma alma regenerada e espírito redivivo. Em decorrência disso, tem a promessa da ressurreição do corpo, para nunca mais envelhecer e nem morrer (Apocalipse 21;4).
Destarte, mesmo embaraçada pelo efeito da decrepitude física, a consciência que ainda não sofreu cauterização, respeita os idosos independente de sua ideologia, crença ou posição social, afinal, a comunidade senil compreende o corpo da árvore genealógica; sem ele os ramos não teriam existência.
Ademais, tal manifestação agride também o “Velhinho” lá de cima, o qual também é, “radical, machista, reacionário, racista e conservador”. Sim [radical] porque Ele não muda: “eu, o Senhor, não mudo” (Mal3;6). É [machista],na acusação de muitas mentes, entretanto Ele diz “Eu, sou [O] Senhor, e fora de mim não há Salvador. (Isaías 43;11). De certa forma Ele foi muito “macho” escolhendo sacrificar-se em lugar dos inimigos, vencendo a morte que era fêmea devassa.
O “Velhinho” lá de Cima, também se mostra [racista] visto que criou a raça humana e vai escolher dentre eles, apenas aqueles que aceitaram a regeneração da alma, vivificação do espírito e ressurreição do corpo, alcançados na cruz do gólgota. Quanto a isso Ele radicaliza: “...aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus” (João 3:5). Seu radicalismo é tal que destruiu os antediluvianos porque eram uma raça de víboras, e acusou os fariseus de serem da mesma estirpe, dizendo. “ Serpentes, raça de víboras” (Mat 23;33).
Neste quesito, escrito está que Ele “sacrificou-se para nos remir de toda a iniquidade, e purificar para si um povo seu especial, zeloso de boas obras” (Tito 2;14), visto por este prisma o Ancião é “racista”! Não reconhecerá uma raça que não tem seu Espírito e nem sua imagem, e blasfemam de seu nome.
Ele também é [reacionário!] pois, reagiu depondo lúcifer, quando tentou usurpar seu trono. Reagiu trancafiando os anjos em cadeias eternas (2 Pe 2;4), trazendo o dilúvio sobre a terra para punir a corrupção. Reagiu na torre de Babel trazendo confusão de línguas, reagiu incendiando Sodoma e Gomorra. Reagiu contra o pecado e a morte vencendo-os na cruz do Gólgota e continuará “até que haja posto a todos os inimigos debaixo de seus pés” (1 Co 15;25).
Por fim, o Ancião de dias também é [radical], afinal Ele é o mesmo ontem, hoje e eternamente” (Hebreus 13;8). “O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar” (Mt 24;35).
Portanto, é preciso reiterar que este grito contra os idosos ofende também o Ancião de dias (Daniel 7;22), seja ou não consciente, visto que o veneno da árvore do bem e do mal apagou esta consciência em muitos, devido o grau de alienação e lavagem cerebral. No juízo final o Ancião dirá aos “velhos” que estiverem à sua esquerda: [Não tenho “saco” para vocês! Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: “Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos” (Mateus 25;41).

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