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30/01/2021

TEMER, é OCASIONAR? - Uma perspectiva do medo que difere um pouco do consenso geral sobre o tema. Visto pelo prisma antes real que mitológico, mais espiritual que racional.

Temer, é Ocasionar
“Porque aquilo que temia me sobreveio; e o que receava me aconteceu” (Jó 3;25)

À luz do texto supra esta abordagem considera o medo em perspectiva diferente dos especialistas, e de igual forma deixa de lado a categoria de Pânico no sentido do temor alhures, sem origem ou identidade. Abandonando de igual forma a crença que “temer implica ocasionar o mal”.

A perspectiva que fundamenta este critério encontra-se nas próprias palavras do protagonista, que revelam medo não de evento fortuito, de fatalidade, ou tragédia em decorrência de algum desastre imprevisível, embora esta natureza de coisas abarquem o universo das possibilidades.

A expressão “aquilo que eu temia” revela algo já existente na consciência como faculdade do espírito, uma realidade com probabilidade e potencial deletérios, da qual Jó estava inteirado e com a qual não podia lidar, visto pertencer à dimensão objetiva; a alma humana e o mundo invisível.

Segundo o texto, Jó era “reto, íntegro, temente a Deus, e desviava-se do mal”, (Jó 1;1) todavia os filhos apesar da referência paterna, não gozavam a mesma reputação. Quando este contexto se descortina tem-se um vislumbre do espectro que molestava e assombrava seu espírito. 

O capítulo 1;4 oferece uma pista do dilema que o inquietava: “Decorrido o turno de dias de seus banquetes, chamava Jó a seus filhos e santificava-os; levantava-se de madrugada e oferecia holocaustos segundo o número de todos eles, pois dizia: [Talvez tenham pecado meus filhos e blasfemado contra Deus] em seu coração. Assim fazia Jó continuamente”.

A expressão em destaque denota preocupação de quem não está alheio à propensão dos filhos quanto ao pecado, que temia, chegasse ao nível da blasfêmia. Este mal não se enquadra na categoria de Pânico, que em muitos casos têm origem oculta, ou desconhecida. Não se trata do medo generalizado, por estar especificado no texto, tampouco pode ser classificado como mal do tipo que “resulta do temor” como se fosse este, fator essencial para ocasiona-lo. Entretanto, a abrangência e complexidade do tema não é de particular compreensão, e no contexto complica a questão.

Portanto, a preocupação de Jó não era do tipo paranoia no império dos medos alhures sem causa, porém algo semelhante a barragem de rejeitos de Brumadinho, cujo perigo era real, do qual os especialistas estavam há muito inteirados, e que chegou às raias da tragédia, devido ao descaso irresponsável.

O que o homem do oriente temia estava relacionado aos “rejeitos” represados nos arquétipos anímicos da prole, dos quais tinha consciência, e com os quais se preocupava, visto tratar-se de potencial maligno objetivo, fora de seus domínios, pois, abrangia o espectro moral e a dimensão invisível. Este era um aspecto do medo do patriarca, entretanto sua causa difere da “lei” da causalidade.

Por outro lado, se analisado por viés espiritual, através à comunhão com Deus, tinha discernimento tanto da questão envolvendo a prole, quanto das artimanhas e poder das trevas, que nutriam ódio contra o homem a quem o Senhor proferiu encômios diante dos anjos, e também do próprio Lúcifer. Ler cap 1;8. 

Esta er
a também uma realidade da qual Jó estava inteirado, pois, andando no caminho da luz não foram poucos embates com as trevas. Ele não ignorava que o ladrão veio para “matar, roubar e destruir” (João 10;10), e temia também pelos filhos, visto estar ciente de seu potencial e propensão iníquo que faculta certa “legalidade” ao destruidor.  

Nesta concepção, é possível traçar diagnóstico plausível, acerca do que estava implícito em seu tormento. Jó temia o que havia divisado na perspectiva espiritual, e estava ciente de sua possibilidade, porém desconhecia a razão suficiente para além de tudo. A fúria das hostes malignas devido ao prestígio do homem perante a Deus, bem como a iniquidade da prole, e da esposa blasfema.

Em suma, diante do desfecho Jó está apenas ratificando em tom de lamento o que já sabia em seu espírito ser possível, devido tratar-se do mal objetivo, contra o qual o livre arbítrio nada pode, pois, a alma caída, amarga o dilema de impotência contra o mal, do qual não pode livrar-se, e tendo ciência do bem não tem força para praticá-lo. 

Por esta razão Cristo se fez semelhante aos homens, para resgatá-los de todos os temores insanos, inclusive da morte. Achado na forma humana também Ele foi acometido do medo porém, avançou convicto para derrotar o detentor deste império, na Cruz. Então ali, aquele que atormentava o mundo foi obrigado recitar contrafeito, como eterno perdedor: “aquilo que eu temia me sobreveio!”; justiça divina e o juízo contra o mundo. 

Desde então Cristo o Senhor encoraja seu povo dizendo: “Não temais! O que me der ouvidos habitará em segurança, e estará livre do temor do mal” Pv 1;33. Sendo assim, acerca da questão: “temer o mal implica ocasionar?”, há controvérsia. Tratando-se do pecado o desastre é inevitável. A única saída é arrepender-se para que seja apagado, Atos 3;19. No caso de satanás não foi o “temor” que trouxe o juízo, porém sua transgressão.

27/03/2020

PAN-DEMIA - Tem-se impressão que na atualidade o culto à Natureza superou a idade dos mitos, de maneira que precede e estima-se acima dos seres humanos, que deixaram de administra-la para lhe prestar culto, como se fosse divindade.


Segundo a mitologia, Pã é deus dos bosques, dos campos, dos rebanhos e dos pastores. Vive em grutas e vaga pelos vales e montanhas, caçando ou dançando com ninfas. É representado com orelhas, chifres e pernas de bode. Amante da música, traz sempre consigo a flauta. É temido por todos aqueles que necessitam atravessar a floresta à noite, pois as trevas e
Corona
solidão da travessia suscitam pavores súbitos desprovidos de sentido, que segundo a crença são atribuídos a Pã; daí o termo "pânico" com significado de medo infundado, desconhecido ou sem causa aparente.
Tomando as características mitológicas como analogia é interessante que Pã está inserido no prefixo do termo “Pandemia" que agora dissemina um medo, resultante de algo sinistro, estratégico situado para além do problema; algo mais sentido que entendido, porém não admitido, principalmente por aqueles que fazem dela um meio para interesses escusos. O termo se origina de “Pan” (tudo), mais “demos” com o sentido de (povo), sendo que Platão usou com significado de qualquer acontecimento que atinge toda população da Terra.

Embora quase imperceptível na psique da coletividade moderna alienada, mais robótica que pensante, cuja sensibilidade e discernimento estão embotados pelo uso excessivo de mecanismos virtuais, o arquétipo de Pã está inserido na alma devido ao endeusamento e culto à  natureza, tão disseminado com estrondosa pregação de mídia, que se assenta como Pitonisa, sacerdotisa de Pitom, a serpente, que segundo o mito “nasceu do lodo da Terra após o grande dilúvio”. Quero abrir parêntese para tranquilizar qualquer que discorda da abordagem mitológica como analogia, visto que, a Bíblia serve-se de mitos como o Leviatã que se transforma em dragão cuspidor de fogo (ler Jó capítulo 41) afinal, “dragão” é igualmente usado em mitos que não vale apena abordar aqui.

O fato que Pã era a divindade dos campos tem analogia bíblica, na qual, o campo simboliza o mundo. “... o campo é o mundo; a boa semente são os filhos do reino; o joio são os filhos do maligno” (Mateus 13;38) Portanto, na dimensão invisível o mundo é governado pelo deus deste século cuja característica é infundir medo paralisante, pânico como estratégia de domínio, afinal, foi com este espírito que Maquiavel aprendeu que os fins “justificam” os meios. Este leviatã na forma de governo sinistro global segundo a Bíblia, se assenta como falso deus, que tira a visão “... o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos” (2 Coríntios 4;4) e aquele que permanece no escuro é facilmente manipulado, é frágil, inseguro e dominado pelos medos na travessia da densa “floresta” mundana assombrado pelo pânico infundido na alma.

 Visto que foi expulso das Alturas devido ter atentado contra o trono de Deus, agora vaga pelos “vales" existenciais oprimindo, matando, destruindo, tirando a esperança, espalhando ódio, dores, conflitos, perplexidade, desordem social, guerras e caos, como estratégia para uma “Nova” Ordem Mundial. Não é sem sentido que o planeta sob este governante esteja em agonia fazendo jus à referência como “Vale de Lágrimas” , entretanto, a humanidade não chegou a este estado por acaso ou fatalismo como sugeriu Freud, mas, por transgressão, de maneira que não está isenta da responsabilidade do que o mundo se tornou. Na grande maioria, os lamentos são mais melodramáticos do que justos, visto que são fruto da desobediência. No contexto disse o profeta das lagrimas: “Por que, pois, se queixa o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus próprios pecados” (Lamentações 3;39)

Sendo aquela figura do mito, o “deus dos bosques e dos rebanhos” denota ecletismo religioso caracterizado na configuração ecumênica e igualmente na globalização política, visto que, segundo Platão o político também é “pastor de rebanho”. Nesta figura é possível e coerente vislumbrar os dois aspectos do governo global; político e religioso. Por esta razão, não há heresia tampouco paganismo em afirmar que “Pã” continua vivo embora com a queda do poderio mundial do Império Romano tenha sido dado como morto, todavia, como raposa estava estrategicamente fingindo para ressurgir infundindo terror.

Outra predileção desse ente sinistro representado com chifres (poder) e pernas de bode (símbolo do ocultismo) é ser adorado nos montes, os quais estão associados tanto à figura do sagrado quanto do profano. Segundo a Bíblia este ser canhoto desejou tomar o monte (poder) de DEUS, “subirei ao céu; acima das estrelas de Deus exaltarei o meu trono e no monte da congregação me assentarei” (Isaías 14;13). E apenas para contexto vale lembrar que Jesus Cristo foi crucificado no Gólgota, um monte também conhecido como Caveira, para resgate da humanidade perdida exigido pela justiça divina que requer “...Vida, por vida” (Êxodo 21;23). (Êxodo 21;23). Destare, o monte pode estar associado à luz ou às trevas.

Por fim, resta o aspecto caçador, a dança e orgias com as ninfas, e a flauta com a qual tem grande perícia. Sabidamente o instinto de sair à caça permanece intrínseco na alma decadente e insaciável no sentido dos objetivos, principalmente por meios escusos. Assim, "caçam" os criminosos, estupradores e muitos desvalidos, perseguindo suas obsessões. A Bíblia também fala do fundador da torre de Babel, que perseguiu o poder mundial em seu contexto. “este foi poderoso caçador diante da face do Senhor; por isso se diz: Como Ninrode, poderoso caçador diante do Senhor” (Gênesis 10;9). Com a flauta ele dá o tom, o ritmo, melodia e também o enredo musical e assim dissemina antivalores sob disfarce da arte e de forma sarcástica toca “flauta” (zomba) dos desatinos humanos, enquanto a humanidade dança no baile da existência seduzidos pelo engano, visto que também estão com a síndrome pandêmica incutida na alma.

Destarte esta divindade das “grutas” deleita-se no ponto cego das almas condicionando escravos à semelhança daqueles da Caverna Platônica, os quais, orientavam-se pelas sombras que escondia a verdade e camuflava a realidade. Essa pandemia oriunda do mundo cavernoso é infinitamente mais letal que a covid-19, visto que esta pode tirar a vida de uma pequena parcela humana, entretanto, aquela conduz à morte eterna. O que chama atenção é que esta infeção não gera preocupação social, ao passo que levou o Senhor Jesus às lágrimas (João 11;35) pelo fato que pessoas lamentavam a morte física (Lázaro) e nem percebiam que em seu interior jazia o próprio espírito atingido pela morte eterna. 

Portanto, do chefe do laboratório da morte está escrito: “o Deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus” (2 Coríntios 4;4) Esta é a maior e mais letal de todas Pandemias (o mal de “Pã” - Pecado)  e continua sendo ignorada, entretanto aquela que atinge um número restrito em sentido temporal é encarada com tamanho alarde. Bem disse Shakespeare “Há mais mistérios entre o céu e a terra do que a vã filosofia dos homens possa imaginar”.

Por fim resta que jamais a natureza foi tão cultuada como nos dias atuais, de maneira que animais, plantas e todas as coisas da criação estão acima do ser humano. Não é sem sentido que o filme Two Tousand Twelve (2012) passou a ideia de restringir a humanidade a 500 milhões de habitantes para “salvar” o Planeta. O deus da natureza é Pã, de onde também deriva a palavra paganismo, Panteísmo e outros “ismos” que não é seguro mencionar, embora o regime seja democrático e a lei respalde a “liberdade” de expressão. Não discernir isso implica estar em situação tenebrosa.

06/02/2020

RAÍZES DO MEDO - Para além da dialética em sentido a priori, situa-se o império dos medos. Visto que estes resultam da consciência culpada é contra ela a intestina luta anímica.


Império dos Medos
“Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, amor e moderação”.2 Timóteo 1:7
Seguir o caminho das virtudes e boa reputação, tem preço e consequência em um mundo moralmente falido e de igual forma, a prosperidade. Haja vista, a questão do medo com o qual se debatia o homem próspero do Oriente. Acerca desse mal, está escrito: “... aquilo que temia me sobreveio; e o que receava me aconteceu.” (Jó 3:25). Todo o medo tem origem, consciente ou “não”, pois, como dizia Parménides, o pré-socrático: “Nada pode surgir do nada.

Portanto, o temor do homem em questão não era infundado, tratava-se de algo consciente, existente. Isso fica claro no versículo, que enfatiza: “Nunca estive tranquilo, nem sosseguei, tampouco repousei, mas veio sobre mim a perturbação.” (Jó 3:26) Depreende-se aqui, que Jó debatia-se com algo real, previsível, que lhe deixava perplexo. Saltando sobre as minudências dessa inquietação, lembremos que a Bíblia diz: “o efeito da justiça será paz, e a operação da justiça, repouso e segurança para sempre.” (Isaías 32:17) pelo que se pode inferir que o homem ímpar do Oriente, temia a injustiça devido à inversão de valores.

Jó era temente a Deus, porém, não o conhecia conforme a confissão: “Eu te conhecia só de ouvir falar, mas, agora te veem meus olhos” (Jó 42;6) Deus honrava essa fé, entretanto, permitiu que fosse testada para, leva-lo a depender única e exclusivamente d'Ele. A fé necessita da têmpera das provações, para que seja inabalável. Apesar da assertiva: “em tudo isso não pecou Jó, nem atribuiu a Deus falta alguma” (Jó 1;22 e 2;10), ao assalto da adversidade seu castelo desmoronou e afloraram sinistros instintos. Então abrindo a boca amaldiçoou o dia de seu nascimento (Jó 3;1ss). Após avalanche de indignação que vai do capitulo 3 ao 37, reconhece a própria culpa e confessa: “Por isso me abomino e me arrependo no pó e na cinza.” (Jó 42;6)

Deste contexto conclui-se que ter conhecimento, acerca de Deus é diametralmente oposto à relação (comunhão) com sua pessoa. Qualquer que se enquadre neste perfil corre risco de endeusar sua fama, reputação e sentir-se orgulhoso do “status”, entretanto, visto ser este um mecanismo de autoafirmação e justificação dará ocasião a um medo sepulcral, devido o culto da "divindade" morta criada à imagem humana. Afinal, onde há morte paira tenebroso terror.

Provérbios 26;2 diz: “... a maldição sem causa não virá”. De igual forma o medo tem sua origem. Adão alegou temer o fato de estar “nu”, entretanto, saltou sobre a consciência de sua transgressão. Destarte, o que realmente temia, situava-se para além das palavras, que eram mecanismo de defesa; misero atestado de pobreza e desfaçatez. Existe uma máxima que afirma: “Temer o mal é ocasioná-lo.” Entretanto, não é o temor que ocasiona o mal, mas, a existência deste na alma gera perplexidade. Uma análise coerente com os fatos envolvendo a vida de Jó permite contestar a ideia que os flagelos são consequência do medo, antes, resultam da consciência do próprio flagelo.

A calamidade de Jó, não sobreveio porque temia. Seu medo era consequência do conhecimento a priori, do que podia acontecer, bem como, de sua convicção empírica, do preço da boa reputação num mundo diabólico. Enfim, a casuística do medo está relacionada à consciência, da verdade, da realidade; de conhecer o bem e o mal, sem ter poder de resistir a este, tampouco virtude para praticar aquele.  É com este “fantasma” que a alma se debate. Ciente desta realidade, o apóstolo faz a lúgubre constatação: “Miserável homem que sou! Quem me livrará do corpo desta morte?” (Romanos 7:24)

O Senhor Jesus, teve medo, de ir para cruz. Porém, esta não veio por causa do medo, mas, este por causa da cruz. A transgressão de Adão não resultou do medo, mas, este da transgressão. O medo de Elias não era da fúria de Jezabel, mas, da consciência de ter cruzado os limites do oficio, passando de profeta a carrasco e vingador na chacina dos profetas de Baal. Não é pelo fato de temermos a morte que morremos, porém, o que tememos é sua consciência e realidade, e não queremos conviver com ela, pois, está associada à culpa e juízo divino ou seja, a causa primeira do medo que está relacionada à consciência, à verdade, a DEUS.

O contexto informa que Jó oferecia holocausto porque temia por seus filhos, dos quais tinha consciência que eram blasfemos (Jó 1;5) Ademais, encontramos duas vezes Deus proibindo o inimigo de tocar na vida de seu servo, porém, acerca dos filhos, nenhuma recomendação; paira um silente hiato. Na contramão de certos ensinos psicológicos, a Bíblia enfatiza que: “o temor traz consigo a pena e o que teme, não é perfeito em amor” (1ª João 4;18) Portanto, não era de pânico – o terror de Pã – que Adão fugia porém, da consciência de sua transgressão. O fantasma, não era determinista e sim, de um atentado premeditado, de uma escolha infeliz.

Todo ser humano teme a morte porque sabe que estará nu diante do grande trono, e não terá como esconder aquilo que verdadeiramente é. Se de fato tenho certeza que Deus está no controle de tudo, não tenho razão para temer e mesmo que o medo assalte, é possível superá-lo encorajado na confiança d’Aquele que nos conduz. O Senhor Jesus temeu, entretanto, não desistiu da cruz, pois, colocou acima do medo, a submissão à vontade de Deus e venceu na condição de homem, o maior dos medos; A MORTE.

Na verdade, todo ser humano teme a consciência, e trava uma luta ingente, para dela se livrar, portanto, este paradoxo edipiano deixa claro que a luta anímica é contra a bem-aventurança (felicidade), na ânsia de ser feliz, a exemplo de Édipo o rei que na tentativa de fugir à desgraça acaba indo ao seu encontro, não por fatalidade, mas, por recusa à verdade, realidade, consciência e a DEUS.

Destarte, é possível vislumbrar, em parte o desabafo de Jó: “...aquilo que eu temia me sobreveio, e o que receava me aconteceu” nesta linha de pensamento diz um provérbio: “Quem teme ser vencido tem a certeza da derrota.”
Concluindo, quando a Bíblia enfatiza: “não temais” quer simplesmente dizer não recue, mas, avance contra o medo escudado no Senhor, e triunfará sobre ele: “Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação” (2 Timóteo 1:7).