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05/01/2021

REINVENÇÃO - Desde a queda do homem, no decorrer dos séculos a humanidade se afasta de sua originalidade, seguindo instintos, intuição e imaginação dentro de uma estrutura sem limites que convencionaram chamar evolução.

InvençãoCircula nas redes sociais de [grupos cristãos], uma mensagem feita que diz: "O Natal é mais que uma comemoração, é uma nova chance que temos a cada ano de nos reinventarmos e sermos pessoas melhores". Em contrapartida, em sua investigação disse o sábio em semelhante contexto: "Eis o que tão-somente achei: que Deus fez o homem reto, mas os humanos buscaram muitas invenções" (Ec 7.29).

Segundo o léxico, inventar significa elaborar mentalmente; urdir, arquitetar, de maneira que "reinventar" implica mudar a forma daquilo que já figurava como invenção, para dar outra conotação, mudando a versão, dando enfoque e configuração diferente.

Colocado este pano de fundo etimológico, evocando-se o evento edênico quando o ser humano "inventou" de comer da árvore interdita, pelo fato que acreditou ser possível "reinventar-se" para [ser como], Deus influenciados pela "mídia" de antanho que apregoava: "sereis como Deus", tem-se um vislumbre do que está implícito na aludida mensagem, (Gn 3.5).

É isso que está incluso na afirmação do sábio; que o ser humano em sua capacidade de ser criativo conseguiu através do processo de "reinvenções", afastar-se Do Criador, perder o Paraíso, a imortalidade, a imagem divina, a felicidade, a Vida Eterna e tudo que está relacionado às bem aventuranças.

Este gênero de mensagem é veiculada em cada festival de fim de ano, que convencionaram chamar de [Natal], porém, com propósito de camuflar seu aspecto [mortal], pois em cada ano que passa afirma o texto, é oportunidade de se "reinventar", ou seja; de transpor limites numa sucessão interminável de inventos oriundos da transgressão contra o Eterno. Isso tem conotação com o sarcasmo bíblico que diz: "vós sois deuses" (Sl 82;6), pois, esta foi a razão do infausto evento; ser [como] Deus.

Portanto, há uma diferença entre o Natal do mundo, da tradição religiosa e o verdadeiro nascimento em Cristo, que resulta da água e do Espírito, o qual, nada tem a ver com "reinvenção" mas sim; com o novo nascimento. O texto diz: "não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, Ele nos salvou mediante à lavagem da [regeneração] e renovação do Espírito Santo" (Tito 3.5).

O termo "regenerar" implica [gerar de novo]. Isso é Natal! Afinal, expressa o milagre do novo nascimento. Certamente não é que que está implícito na festa mundana que assim denominam. Um invencionismo que a cada fim de ano se "reinventa", para continuar morto; afastado de Cristo, que é a VIDA. Por esta razão o sábio conclui: "que Deus fez o ser humano reto, mas ele buscou muitas invenções".

As "re-invenções" são humano ateístas, entretanto, o Natal é obra exclusiva do Espírito Santo. Os que pertencem ao "velho" Natalino, se "reinventam", deformando-se porém, os que seguem a Cristo nascem de novo; da água e do espírito, sendo aperfeiçoados. O texto bíblico lembra que: "se alguém está em Cristo, é nova criatura, as coisas velhas passaram; eis que tudo se fez novo" (2 Com 5;17).

Aquele que é renascido, segue o padrão e de Cristo e d’Ele não se afasta tampouco se reinventa, porém, caminha num processo gradativo de transformação "refletindo como um espelho a glória do Senhor, [sendo transformado] de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor" (2 Co 3.18). Portanto, que o espírito do mundo tenha esta concepção, é perfeitamente compreensível, porém, o que preocupa é que mensagens com este teor sejam veiculadas por quem professa [fé] em Cristo. [Reinvenções], neste contexto, pertencem às coisas velhas.

Isso não é uma crítica ao [Natal do mundo], apenas uma demonstração distinta entre aquela festa e o que resulta do novo nascimento em Cristo Jesus, sem o qual não haverá passaporte para Vida Eterna, pois, O SENHOR deixou claro duas coisas impossíveis sem nascer de novo:
"Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, [não pode ver] o reino de Deus" (João 3.3). Aqui fala que não pode "ver" o reino de Deus. A segunda passagem diz: "Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, [não pode entrar] no reino de Deus (João 3.5) Aqui afirma que não pode "entrar". Afinal, como poderia entrar no que não pode ver?

Aquela solenidade comemora o "nascimento" histórico de um ser inato; um Cristo diferente. O cristão comemora o novo nascimento [em] Cristo. Respite-se esta festa, porém como relativa a outro Jesus. (2 Co 11.4).

Em relação a aludida mensagem parece mais coerente o famoso bordão de Nelson Rubens que diz: "Eu aumento, mas, não invento!" Porém o verdadeiro discípulo de Cristo não deve "inventar" tampouco aumentar, apenas contentar-se com a transformação em Cristo, que lhe devolve a imagem de Deus; perdia por ocasião de sua "invenção" edênica seguida de sucessivas [re-invenções].

13/02/2020

ÓPIO E RELIGIÃO - Desde sua origem na antiguidade os jogos públicos, tinham perfil religioso. Como tal, o Futebol não melhora o caráter, tampouco liberta das drogas.

Jogos Público
Disse Carl Marx: “A religião é o ópio do povo.” Esta frase tem sentido de acordo com o respectivo contexto. Na Grécia antiga e em Roma, os jogos públicos tiveram desde sua origem um caráter essencialmente religioso. Foram instituídos com objetivo de aplacar a ira dos deuses, obter o seu favor, ou agradecer benefícios. Tendo em vista este pano de fundo, o futebol tem muito a ver com religião. Para os governos interessa e muito, por no mínimo duas razões principais. Primeiro porque os jogadores são os maiores pagadores de imposto de renda e também, porque é uma forma de entretenimento para fazer acalmar a grande massa evitando convulsões sociais. Era a política de distraí-los com “pão e circo” isto é: Alimento e diversão (ópio). Como disse Zeferino Rossa, “Quando os cães rosnarem a teu lado, mete-lhe na boca uma migalha, e passarão a farejar-te”, e o poder público sabe disso e serve-se desse artifício. É o tal do me engana que apaixono. Fagner apanhou bem o contexto e cantou “Êh ô ô vida de gado, povo marcado êh, POVO FELIZ

O esporte se encarrega do circo (diversão) e o “Bolsa Família” e congêneres, do alimento. Na verdade, o esporte se tornou religião que distribui ópio, os clubes são deuses, os estádios os templos, a imprensa exerce sacerdócio. Entretanto, a mídia esportiva tem discurso de Mahatma Gandhi, e performance de Mata Hari. Aquele, foi idealizador do Satyagraha, “o princípio da não agressão” Na primeira Guerra mundial, Mata Hari deitava-se com inúmeros oficiais, tanto franceses quanto alemães tornando-se um peão de intrigas internacional, um agente de dupla face. A imprensa esportiva faz o mesmo que a espiã, joga dos dois lados, para fomentar o ódio e rivalidade generalizados; uma espécie de promiscua cortesã.
Ouve-se com frequência a demagoga, campanha da “paz nos estádios” quando na verdade o que se percebe nas entrelinhas é incitação à guerra, pois, se divertem à semelhança dos imperadores romanos vendo o sangue dos gladiadores jorrar nas arenas. Pedir Paz nas Arenas é um sarcástico contrassenso.

Fala-se do esporte e mais especificamente do futebol, como “espetáculo” e também uma forma de “combater” violência, entretanto, isso equivale tomar laxante para estancar diarreia. Por outro lado, o aspecto “desportivo” cai em controvérsia devido o fato de tratar-se de um combate, que busca as vísceras do inimigo, que os sofistas do microfone sarcasticamente escamoteiam em “adversário”. Futebol é uma disputa, e já disse Empédocles o pré-socrático: “A disputa gera o ódio” e este aspecto é visível tanto nas quatro linhas, quanto nas arquibancadas, nas ruas e outros redutos. O texto bíblico enfatiza que “o ódio é assassino” (1ª João 3;15)

Em sentido etimológico o termo "desporto" vem do francês antigo desport, e significa "recreação, passatempo, lazer". Porém, o espírito desportivo fica comprometido diante do fato que a estrutura e dinâmica das competições implicam que a alegria de um depende da tristeza e humilhação do outro, ou seja, eu preciso ferir a honra do outro para me “recrear”, sentir prazer: que estranho lazer...! Porém, qualquer que não aceita a zombaria e humilhação, não tem “desportividade” diante de tal disparate parafrasear a indignação de Saul é oportuna: “Óh filhos da perversa em rebeldia...” (1º Samuel 20;30)

Como bem disse um observador: “Nenhum torcedor diria que se ‘entretém’ com seu time, que vai ver um jogo como vai a um concerto. Vai para dilacerar ou ser dilacerado, vai para guerra, mesmo que seja quase sempre uma guerra metafórica. Assim, para ser atraente, o esporte não pode ter nenhuma sugestão de montagem ou faz-de-conta. Tem de ser uma séria e quase trágica competição por um cetro (...) a busca do coração do inimigo e da glória eterna – mesmo que no ano seguinte todos voltem a ter zero ponto"

O argumento de que o futebol “tira a pessoa das drogas” precisa ser contrastado com o fato que grandes jogadores estiveram envolvidos com elas. Entre eles estão Diego Maradona, Caniggia, Walter Casagrande, atual comentarista esportivo da Globo, Adriano (Imperador), Jobson e outros. O goleiro Edinho, filho de Pelé foi preso cinco vezes por lavagem de dinheiro do tráfico de drogas. Que dizer do goleiro Bruno e o assassinato de Elisa Samudio. O meia Centurión que jogou no S. Paulo, Joãozinho, ex jogador do Cruzeiro de Minas Gerais, e uma lista de outros nomes, respondem ou responderam processo por agressão à mulheres. O contexto permite lembrar que Messi, Neymar, Cristiano Ronaldo, Mascherano, Di Maria, Falcão Garcia, todos estiveram envolvidos com sonegação fiscal. Portanto, tanto a questão das drogas quanto do caráter estão presentes no futebol e não o contrário.

Que dizer da guerra das torcidas “organizadas”, que paradoxalmente se regem pelo princípio da anarquia. É o Hooliganismo, que à semelhança do que aconteceu na Inglaterra é caracterizado por grupos de torcedores, que abrigam em seu coração o prazer da violência e se “organizam” para brigar mesmo entre torcedores do mesmo time. Esta é a característica das torcidas ditas, “organizadas” pois, se regem pelo princípio da falta de ordem.

Portanto, a tese de que o esporte ajuda combater, as drogas, crimes, estelionatos e violência etc., fica um tanto desacreditada.
Diante disso, faz sentido as palavras de Drumond de Andrade: “Bem-aventurados os que não entendem, nem aspiram entender de futebol. Deles é o reino da tranquilidade.” E no contexto de tanta injustiça é oportuno lembrar o paralelo da palavra de Deus: “Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus” (Mt 5;10). Este seria o maior prêmio, que qualquer atleta poderia ganhar. Paulo, o atleta de Cristo, mesmo reconhecendo que ainda não tinha alcançado o troféu, (Perfeição) foi enfático em dizer “Prossigo para o alvo, pelo PRÊMIO da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus”. (Filipenses 3:14) Este é o verdadeiro libertador e verdadeira RELIGIÃO, o resto é ópio