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25/06/2020

COINCIDÊNCIA - Estranhamente, devido compreensão enviesada atribui-se coincidência àquilo que a boa compreensão percebe causa, lógica e propósito. Em situações específicas a "coincidência" caracteriza uma forma de negar a Deus e o livre arbítrio.

“Coincidência é quando tudo acontece por acaso. Sem data, sem horário, apenas coincidência ou então Destino” (…) nesta frase frequentemente veiculada, três palavras que possuem parentesco, merecem consideração; Acaso, Coincidência e Destino.
AcasoO acaso é uma palavra desprovida de sentido e lógica. Pois, nada pode existir sem causa. No contexto, não existe a sorte. Afinal, como diziam os gregos: “Nada pode surgir do nada”. Pois, há um significado por detrás de cada pequeno ato. Etimologicamente falando, a letra “a” no termo “acaso” implica negação de uma causa primeira pois, a expressão deriva do latim “a casu”, (sem causa). Isso seria algo semelhante à abiogênese (geração da vida, a partir da não vida); uma forma desonesta de negar a única Fonte da Vida, Deus. Para resumir fazem sentido as palavras de Volaire: “Aquilo a que chamamos acaso não é, não pode deixar de ser, senão a causa ignorada de um efeito conhecido.” Portanto, a “co-incidência” sobrevive negando a Lei de CAUSA e EFEITO.
Quanto ao DESTINO, essa “entidade misteriosa" que determina as vicissitudes da vida e do qual, “ninguém pode escapar” como preceitua o mito, tem sido a ideia predileta pela simples razão que destarte, o “desafortunado” isenta-se da responsabilidade de suas escolhas e atos, bem como do Livre Arbítrio. Aqui impera o “adorável” bode expiatório; aquele que frequentemente é escolhido para levar a culpa alheia. Falando de “destino” na forma da coisa fortuita é necessário que esteja atrelado ao mito das Moiras da mitologia grega.
Trata-se de três irmãs que determinavam o destino, tanto dos deuses, quanto dos humanos. Eram três mulheres lúgubres, responsáveis por fabricar, tecer e cortar aquilo que seria o "fio da vida" de todos os indivíduos. Durante o trabalho, as Moiras faziam uso da Roda da Fortuna, que era o tear utilizado para se tecer os fios. As voltas da roda posicionavam o "fio do indivíduo" em sua parte mais privilegiada (o topo) ou em sua parte menos desejável (o fundo), explicando-se assim os períodos de boa ou má sorte de todos. Segundo o mito, as três deusas decidiam o destino individual dos antigos gregos.
Estranhamente, este parece o “destino” que o psicológico coletivo prefere, visto que isenta o indivíduo de responsabilidade colocando-o na condição: de afortunado, ou vítima. Em ambos os casos impera o “acaso”. Entretanto, mais sensato e honesto seria concluir, que é nos momentos de decisão e escolha que traçamos o destino. E por fim, é relevante o fato que o caráter de cada ser humano, fatalmente contribuirá para seu destino. Pois este, não vem do exterior para o homem, ele emerge do próprio homem, não é objetivo, porém, estritamente subjetivo.
Por outro lado, usando artifício de separar o prefixo do termo para uma análise à parte do sentido aglutinado, de maneira que se possa fazer ponderação que até pode parecer ginástica permissiva de semântica, porém, não deve ser classificada como arbitrária, visto que faz parte da análise sintática e morfológica. O prefixo “des” traz ideia de separação, ausência ou negação da “coisa em si”. O sufixo “tino” tem sentido de inteligência, juízo, consciência, perspicácia, e domínio de si, e implica também: localização ou direção. É por isso que se diz de alguém se rumo, direção ou juízo; que “perdeu o tino” e anda ao sabor do vento; sem rumo.
Neste caso o “destino” seria um melodrama semelhante ao que cantou Roberto Carlos: “Eu vou voando pela vida sem querer chegar. Nada vai mudar meu rumo nem me fazer voltar. Vivo, fugindo, sem destino algum. Sigo caminhos que me levam a lugar nenhum” (...) Dizem que há uma luxúria nesse melodrama masoquista; isso implica literalmente, “des” tino, na acepção aqui apresentada.
Portanto, parece sensato concluir que “COINCIDÊNCIA” é como disse Einstein: "a maneira que Deus encontrou para permanecer no anonimato". Afinal, não existe coincidência; apenas o inevitável o imprevisto. Como disse um escritor anônimo: “Coincidência é a maneira discreta de Deus propositalmente programada, para dar certo, na hora exata e nas circunstâncias ideais”.
Por fim, retomando o tino (juízo), implica dizer que existem dois destinos previamente estabelecidos pelo Criado, no sentido de duas eternidades; uma com Deus e a Vida Eterna, outra separada d’Ele na condenação e morte eterna. No contexto diz o texto sagrado: “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o qual nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nos lugares celestiais em Cristo; Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor; E nos PREDESTINOU para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade" (Efésios 1:3-5).
Na citação supra há referência à escolha divina de adotar o ser humano como filho por meio de Jesus Cristo; e isso depende de escolher e aceitar através de uma decisão pessoal, de seguir e servir ao SENHOR pela fé, para Vida e Salvação Eterna, ou permitir-se levar à deriva pelo “des-tino” para eterna perdição; tudo depende de ESCOLHA. Neste sentido tem ressonância o alerta que diz: “Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós, de que te tenho proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição; ESCOLHE pois a vida, para que vivas, tu e a tua descendência, (Deuteronômio 30:19).
Finalmente resta dizer que a frase supra, é mais uma forma dissimulada e profana de negar Deus; e sua veiculação é agente desta sinistra missão; aliás, uma característica forte da Nova Era e da ideologia Globalista totalitária.

10/03/2020

DESCULPAS - Este ardil é um pragmatismo estéril que atenta contra consciência e apesar de remediar o problema, não repara o dano. Implica descarte da misericórdia, um desarranjo do perdão e transgressão da lei de Deus.

Depois que inventaram a palavra ‘Desculpa”, ninguém mais se importa com o que faz” (dito popular).

Com relação à citação supra e sua dinâmica vem à luz o “determinismo” freudiano que tenta “des” culpar o infrator escamoteando o erro, de maneira que o culpado passa à condição de “vítima” da causalidade, das leis universais, do destino e congêneres; coisas alheias à sua vontade. Destarte, é impugnada não apenas a transgressão da lei, mas, também o livre arbítrio e consciência do pecado por quem o comete.

Não é de estranhar que tamanha astúcia desfrute tanta popularidade, afinal, a culpa é remanejada para o “in” consciente, o qual, corresponde a um calabouço com isolamento acústico onde o problema é trancafiado, entretanto, mesmo na condição afônica permanece logado no espírito humano cujo link, raramente recebe um clic do infrator, para que a “pagina" não seja acessada. Porém, Aquele que perscruta o coração tem um “backup” de cada ser humano salvo na nuvem onde não temos acesso. No entanto, a psicologia determinista com sua retórica induz o culpado sentir-se vítima e assim é estimulado em lugar de arrependimento; cobrar danos morais. Foi isso que fez Adão e o mesmo fazem seus filhos. Aquele, quando inquirido acerca do pecado redarguiu “A mulher que me deste por companheira, ela me deu da árvore, e comi” (Gênesis 3;12) insinuando que Deus era responsável por sua danação.

O dilema em certos casos chega ao disparate de implicar que a alma lesada pelo contraventor é induzida defender o culpado mentindo que o tal, não é responsável pelo erro. Isso difere da misericórdia e do perdão, visto que, a primeira se compadece ante o quebrantamento do suplicante, o qual, também confessa a culpa e pede clemência. À vista disso, o pedido de desculpas é um ardil para defenestrar o perdão. Na verdade, perdão e desculpa como disse C. S. Lewis: “são duas palavras quase opostas.” Pelo simples fato que, “um ato falho sem culpa precisa de desculpa, e não de perdão. Da mesma forma, boas desculpas não precisam de perdão - já que o perdão exige culpa - e se você quer ser perdoado, não há desculpas para o que fez – pois, pedir perdão é assumir a culpa”. A ordem de Cristo ao ofensor é confessar e pedir perdão. E ao ofendido; Perdoar. (Ler Mateus 18;15-35)

Em sua dinâmica melodramática a arte de pedir desculpas ganhou novos contornos ao ponto de implicar que o “pedido” esconde escrúpulos que geram desconforto e insegurança a quem se dirige, haja vista que o suplicante pode estar apenas preocupado consigo mesmo, sua reputação, prestígio e bem estar caracterizando antes, um ato egoísta, que atitude de humildade e arrependimento. Esta inversão psicológica narcisista lembra o que disse o indiano Radhakrishnan: “Ama teu próximo como a ti mesmo pois tu és teu próximo. É ilusão acreditar que teu semelhante seja outro que não tu” Isso é uma forma sutil distorcer a lei de Deus fundada nos dois mandamentos. Amar a Deus acima de tudo e o próximo como a si mesmo, afinal “A estes dois mandamentos estão sujeitos toda a Lei e os Profetas” (Mateus 22;40)

Outras vezes o tal subterfúgio esconde unicamente o intuito de reaver privilégios e regalias perdidas pelo ofensor e novamente o desrespeito sobe ao palanque com retórica e habilidades demagógicas buscando o aval da ingenuidade, que sem escrúpulos patrocina a esperteza, a qual, se apresenta com indumentária de humildade. Isso equivale valer-se da boa fé, cuja confiança é incondicional. Entretanto, a Bíblia diz que: “...os maus e enganadores irão de mal para pior, enganando e sendo enganados” (2 Timóteo 3;13)

O tal pedido é um pragmatismo estéril que atenta contra a consciência, única originalidade que restou no homem caído. É estratégia semelhante às reações do Chaves, que após nocautear o Seu Barriga recorre ao estereótipo “foi sem querer querendo” e quando o agredido protesta contra o dano sofrido ele reage “Tá! Mas não se irrite!” Porém, se o outro se mostra irredutível ele dramatiza “Ninguém tem paciência comigo!” E no caso de revide pelo ofendido, a hipérbole melodramática recorre à reclusão no barril, que é uma forma de auto flagelo, contudo, em todos os estágios da peça teatral, a chantagem entra em cena com ardil de retórica e recursos fictícios, sempre com objetivo de escamotear a culpa.

No primeiro caso apela para o determinismo alegando que o incidente teve origem fortuita (sem querer) e que talvez, o agredido estivesse na hora e lugar errado. Depois tenta persuadir insinuando que a “irritação” é intolerância e desequilíbrio. Em terceiro lugar o coitadismo entra em cena como vítima da falta de paciência – que ninguém tem – para consigo e por último recorre ao “silício” da autopunição. Visto por este prisma é impressionante a complexidade de distorções que pintam o surrealismo das desculpas. Este é um quadro, cuja popularidade concorre com aquele do menino chorando, o qual,  envolve uma “aura de mistério”. Assim é a “des” culpa. Não obstante todo esse esforço para esconder o erro, a palavra de Deus enfatiza: O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia” (Provérbios 28;13)

O ardil por mais politicamente correto que pareça implica um desarranjo do perdão, um descarte da misericórdia e transgressão da lei. Sendo assim, mesmo considerado correto em termos psicológicos é injusto e anárquico quanto a lei maior. Por este viés pode-se vislumbrar o desfiladeiro das desculpas, que segue o caminho de Caim” (Judas v-11) equivalente ao falso moralismo e falta de fé, que desemboca no abismo da eterna perdição. Por outro lado, a ação contrária que tenta maquiar a culpa pode levar a desfechos graves como foi o caso de Caim, que inquirido por Deus sobre a morte de Abel disse “não saber” (Gênesis 4;9), como fazem hoje todos os que cometem delitos; reagem alegando nada saber ou mesmo amnésia ou se alguma coisa fizeram de errado, foi de forma “inconsciente”. Eis os artifícios para arranjar “des “culpa.

O contexto coloca em relevo o fato que a “desculpa” como forma de perdão ou de isentar a culpa é mero placebo que remedia a situação, porém, não repara o dano. Isso equivale ao “avental de folhas cosidas” (Gênesis 3;7), para mascarar o pecado. Finalmente, para que haja desculpa é necessário reconhecer e confessar culpa, pedir perdão e arrepender-se afinal, como disse alguém: Pessoas que são boas em arranjar desculpas raramente são boas em qualquer outra coisa.” Importa frisar que não pode haver paz interior para quem não perdoa e não se arrepende. Perdoar traz libertação interior pois, quando se libera perdão; as almas se tornam livres.