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30/03/2020

CRISES DE AMOR - Quando se analisa o conteúdo do gênero "profecia de jornal" dá impressão que Deus se encontra em crise de amor ou mendigando atenção humana. Contudo, se assim fosse não poderia ser Deus perfeito.


Eventualmente, quando se ouve determinadas “profecias” dá impressão que Deus está em “crise de amor”, entretanto, se tal coisa fosse possível Ele não seria perfeito pelo simples fato de
Amor
estar sofrendo por algo que supostamente lhe falta. Se isso fosse verdade estaria em choque com a própria escritura sagrada que diz: “O Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de homens; tampouco é servido por mãos de humanas, como que necessitando de alguma coisa; pois ele mesmo é quem dá a todos, vida e respiração e todas as coisas...” (Atos 17:24,25). Esta passagem corrobora o fato que Deus não tem falta de coisa alguma, pelo contrário é Autor e Doador da vida e de todas as coisas. Ele é o Provedor por excelência para toda necessidade.

Outro ponto controverso é que os ditos profetas geralmente surgem em meio ou após a notícia de alguma tragédia ou calamidade. São como disse um renomado teólogo; “profecias de jornal”, ou seja, que se baseiam em eventos noticiados pela mídia. Esta performance foge às características dos profetas bíblicos, visto que, quando Deus está para fazer algo impactante Ele comunica com antecedência, conforme disse o profeta: “Certamente o Senhor DEUS não fará coisa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas.” (Amós 3:7) Quando o Senhor estava para destruir Sodoma, visitou Abraão e anunciou que Sara teria um filho (Gênesis 18;10), dito isso tendo em vista o que faria com os sodomitas e sua cidade disse o Senhor: “Ocultarei eu a Abraão o que faço, Visto que Abraão certamente virá a ser uma grande e poderosa nação, e nele serão benditas todas as nações da terra?” (Gênesis 18:17,18) Tendo saído da presença do patriarca anunciou também a Ló, sobrinho daquele conforme capítulo dezenove de Gênesis. Portanto, Deus sempre precede a mídia, a qual, só pode vir no rastro de seus feitos.

Destarte, é imprescindível, ter a palavra de Deus como base, para “julgar profecias e provar os espíritos”; isso é mandamento. (1ª João 4;1) Visto que a palavra informa que os últimos tempos serão marcados pela confusão tal, que mesmo os escolhidos correm risco de serem enganados, é necessário que o atalaia não seja apressado como Aimaás que não obstante a grande performance atlética e de ser filho de sacerdote, no afã de ser a “bola” da vez, se apresentou como mensageiro, porém, não tinha mensagem para o rei. (Ler 2º Livro de Samuel capítulos 18-20). A mensagem de Aimaás diante da pergunta do rei, se o filho Absalão estava bem foi: “vi um grande alvoroço ..., porém, não sei o que era” ao passo que Cusi o etíope, que fora enviado pelo general do exército noticiou a morte do filho de Davi. É necessário ter cuidado com “profecias” que pegam carona com o tumulto das calamidades, que falam condicionados pela histeria de fake News, as quais, além da retumbância em cima do óbvio e da prolixidade que diz pouco ou quase nada, servem para aumentar o grau de ceticismo daqueles que resistem à verdade.

Portanto, esta natureza de coisas, pertinentes ao fim dos tempos está pré-anunciada desde o tempo do profeta Daniel, que viveu, entre 600 e 500 antes de Cristo. Em sua visão dos quatro animais descrita no capítulo sete, os quais em figura representam reis e reinos ou impérios está igualmente inserida a ideia da forma cruel e injusta de seus respectivos governos, bem como, o desfecho que teriam. No capítulo dois do profeta em questão, Deus dá uma visão a Nabucodonosor avisando antecipadamente o que haveria de acontecer não apenas com seu reino, mas, com a sequência de todos os reinos do mundo, na figura da estátua que começa com cabeça de ouro e termina com os pés de mesclados com ferro e barro dando ideia da dimensão e decadência dos poderes terrenos. A mensagem do profeta ao soberano da Babilônia dizia: “Aquele, pois, que revela os mistérios te fez saber o que há de ser” (Daniel 2:29) Destarte, muitas das notícias atuais já foram anunciadas a mais de dois mil e seiscentos anos. De maneira que não é coerente “profetizar” em cima de notícias anacrônicas como sendo algo recentemente revelado.

Quando o Senhor estava para libertar Israel da tirania egípcia imposta por Faraó, há mais de três mil e quatrocentos anos e mostrar quem era detentor de todo poder, o Eterno sempre anunciou – cada uma das dez pragas - com antecedência especificando o que e quando exatamente aconteceria. Jamais Moisés comunicou ao rei do Egito em meio às tragédias que se tratava de juízo divino. A questão é: como o Deus que não muda (Malaquias 3;6) pode estar agindo de forma tão distinta daquela que lhe é característica? Das duas uma, ou não é o Deus bíblico ou não são os seus profetas, afinal, muitos vão sem ordem divina, conforme dito pelo próprio Deus “Não mandei esses profetas, contudo eles foram correndo; não lhes falei, contudo eles profetizaram”. (Jeremias 23:21) Portanto, estas passagens embasam o fato que Deus informa com antecedência e não em meio aos acontecimentos. Os que “profetizam” em meio aos fatos parecem oportunistas fazendo pose de profetas em busca da subserviência de incautos e glória de mundana.

Outro aspecto inquietante é a forma intermitente que Deus “reclama” dos que demonstram “amor” expresso apenas em palavras. É nítido e reincidente no teor de muitos áudios do gênero, a revolta de “Deus” devido à falta de amor do homem para consigo; é como se o Eterno estivesse sofrendo de baixa autoestima e na pior das hipóteses mendigando atenção humana ou sofrendo de carência afetiva. Profecias inspiradas pelo frenesi e oba-oba de mídia irresponsável estão se tornando tão maçantes quanto o noticiário sobre Covid-19 e tão estéreis quanto a mula em relação ao burro, cuja concepção é impossível. Por esta razão o animal tem como mãe uma égua e como pai um jumento e a falsa profecia não tem melhor conotação. A Bíblia adverte: “Não sejais como o cavalo, nem como a mula, que não tem entendimento” (Salmos 32:9) O mais exótico em tudo isso é que os áudios das ditas “profecias” em muitos casos, se faz acompanhar do tendéu de uma espécie carpideira modernas, que acrescentam com seu pranto melodramático por detrás das mensagens, um tom de solenidade, quase teatral que lembra parricidas em culto catártico totêmico.

Em muitos casos o conteúdo das histéricas mensagens não está demasiado longe do que está escrito, porém, recebem o solene endosso: “Eis que eu” ... glossolalia (línguas estranhas) - em breve estou voltando, “não temais povo meu por que sou ‘eu’ que falo convosco”.  Em outras palavras, são recitações empolgadas impulsionadas pelo agito das ondas, que não vão além do óbvio; é como chover no molhado. Não se deve desprezar as profecias, entretanto, é prudente ter discernimento de espírito, pois, em muitos casos o conteúdo esta correto como disse Watchmann Nee: “as palavras estão certas, porém o espírito está errado”. O apóstolo João enfatiza que é necessário ter discernimento para fazer distinção entre o “espírito da verdade e o espírito do erro” (1 João 4:6) e Jesus alertou enfaticamente: “...muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e a muitos enganarão (Mateus 24:5). Portanto como disse o homem que teve grandes embates dessa natureza: ) “Não extingais o Espírito. Não desprezeis as profecias; examinai tudo. Retende o bem; abstende-vos de toda aparência do mal”. (1ª Tessalonicenses 5;19-22).





10/01/2020

PEDRA DE TOQUE - Cuidado com o acostumar-se! Isso pode atrofiar a capacidade de discernir o que é essencial à vida; JESUS CRISTO, o único que se pode confiar.


Reza a lenda que quando a grande biblioteca de Alexandria foi queimada, um livro foi salvo. Contudo, não era um volume de valor expressivo, por isso um homem pobre, que pouco sabia ler, o adquiriu por valor irrisório.
O conteúdo realmente era de pouca relevância, porém, havia nele algo interessantíssimo. "Um texto que revelava o segredo da Pedra de Toque que podia transformar qualquer metal em ouro puro."
No pergaminho estava escrito que era encontrada nas praias do Mar Negro misturada a outras milhares de pedras, teoricamente iguais a ela. O homem estava consciente que se pegasse as pedras comuns e jogasse de volta ao chão, poderia pegar a mesma pedra muitas vezes. Destarte, quando pegava uma fria, jogava no mar. Assim, passou dias, meses e anos buscando, porém sem encontrar a pedra de toque. Mesmo assim continuava: pegava uma pedra e ao constatar frieza, jogava no mar, e assim sucessivamente.
Parece inconcebível imaginar alguém nessa busca incessante por tempo indeterminado, incansavelmente: pegar uma pedra, senti-la fria, jogá-la no mar... de manhã até a noite por longo espaço de tempo. Porém um dia, ele pegou uma que estava quente e jogou no mar; automaticamente. Ele havia desenvolvido o hábito de atirar pedras ao mar e isso foi determinante para que jogasse também a pedra quente, quando finalmente encontrara. Que infortúnio, que frustração!
Desta forma está estruturado o coração humano. A confiança é uma "pedra de toque" raramente encontrada, visto serem poucos aqueles em quem se pode confiar. Frequentemente depara-se com os que PARECEM com a dita pedra, porém, se mostram frios e indiferentes. Desde a infância, pessoas tateiam pedras e sentindo sua frieza; jogam no mar existencial.
Na formação cultural a instrução recebida é que não se deve confiar em ninguém. Uma espécie de "cartesianismo" caracterizado pela dúvida foi colocado no recôndito da alma humana. Na verdade, certo ceticismo é prudente e necessário: se não duvidar, em dadas situações não sobrevive. Por questão de segurança, se faz necessário olhar o mundo com incredulidade, como se todos fossem inimigos. Poucos são calorosos à semelhança pedra de toque.
Até mesmo aqueles otimistas que se dizem amigos, não raro decepcionam. Todavia, importa frisar que otimismo implica esperar pelo melhor, ao passo que confiança, equivale saber lidar com o pior. Sendo assim, esse positivismo emotivo teórico, não raro se transforma em frustração, haja vista tenha sido gerado no ventre da imaginação. Entretanto, a confiança n'Aquele que tudo pode permite ver o invisível, e permanecer INABALÁVEL; aconteça o que acontecer.
Resta dizer que uma grande prova de amor é a confiança. Aquele que a perdeu, sofreu grande dano; caiu em ruína. Não obstante muitos se mostrem frios, indiferentes e por fim virem as costas uns aos outros, de maneira que deles esqueçam, inda resta Um que jamais nos abandona pois, aceitou a Cruz para nos resgatar do pecado e da morte. Ele é a única e verdadeira “PEDRA DE TOQUE”, dele diz o SENHOR: “assentei em Sião uma pedra… já provada, pedra preciosa…(Isaías 28;16). No contexto diz o salmista: “A pedra que os edificações rejeitaram foi posta como PEDRA ANGULAR" (Salmo 118;22) E todo aquele que foi transformado em “ouro” pela regeneração do espírito deixou de ser um toque de pedra (duro, frio e sem vida) para se tornar uma “pedra de toque” vivendo na verdade, fé esperança e amor. (Ler 1ª Pedro 2;5)
A “Verdadeira “Pedra” interpela: “Acaso, pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda mama, de sorte que não se compadeça do fruto do seu ventre? Mas ainda que esta viesse esquecer-se, todavia, não me esquecerei de ti. Eis que nas palmas das minhas mãos te gravei; os teus muros estão continuamente perante mim.” (Isaías 49;15,16)
Ele é O Único em quem se pode confiar, pois, se entregou à morte na cruz para salvar INIMIGOS. Por isso escrito está: “Os que confiam no SENHOR serão como o monte de Sião, que não se abala, mas permanece para sempre.” (Salmo 125;1)